sábado, novembro 06, 2010
O PRIMEIRO BEIJO
sexta-feira, outubro 29, 2010
PARA FINALIZAR... SOBRE COMEÇOS E TUDO O QUE HÁ PELO MEIO
MEMÓRIAS DE UM OUTRO OUTUBRO
Hesitou, sabendo que assim não teria hipóteses de vê-la, devido ao horário de trabalho. Não podia deixar para amanhã. A vida nunca deve ser deixada para depois.
- Podiamos encontrarmo-nos agora, para um café. - alvitrou - Eu ía agora beber um (mentira) e estou perto aí de casa (segunda mentira). Se quiseres...
Pouco depois encontravam-se pela primeira vez sozinhos, surpreendentemente familiares, inesperadamente - nele - faladores, parecendo quererem saber tudo um do outro no mínimo espaço de tempo. Tanto que, durante os dias seguintes não deixaram de se encontrar e bastou um par de dias para passarem da amizade àquele patamar mais elevado, que a urgência das suas afinidades e sentimentos deixava claramente perceber. Quantos dias são precisos para nos apaixonarmos? Três anos se passaram, numa relação intensa e marcada por altos e baixos que se arrastavam por vezes durante largos meses, fruto de duas personalidades difíceis, de uma teimosia estúpida que deixou que tanto tempo se lhes escapasse das mãos e dos anos. Depois bastava uma mensagem, nem sempre, mas quase sempre dele e tudo voltava ao normal, porque no fundo - parecia - tinham sido feitos um para o outro. Acreditamos em tudo quando estamos apaixonados, não enxergando muitas vezes aquilo que está bem diante do nosso nariz. Diz ele que no dia em que deixar de acreditar em tudo o que viveu - e foram os melhores três anos da sua vida -, em tudo o que foi dito, em finais felizes, a vida não terá mais sentido, porque sem sonhos, o horizonte é negro e sombrio como a manhã que hoje o despertou, três anos volvidos. Pode um amor morrer sem uma razão específica e válida deixando atrás de si apenas uma amizade ténue? Podem duas pessoas , depois de muitas promessas e planos, nas vésperas de uma vida em comum descobrirem pura e simplesmente que estavam enganadas o tempo todo? Pode o amor ser tão inconsequente e frágil, soçobrar às primeiras rajadas fortes de um Outubro agreste?
segunda-feira, outubro 18, 2010
HEAR ME
duas irmãs vivendo os sonhos uma da outra |
a dificuldade de comunicar sempre presente |
pode um amor sobreviver de silêncios? |
domingo, outubro 17, 2010
UM BON VIVANT!
quarta-feira, outubro 06, 2010
AMANHÃ
terça-feira, outubro 05, 2010
SALVAR O FUTURO
domingo, outubro 03, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!... (e ontem foi 2 de Outubro)
domingo, setembro 19, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
sábado, setembro 11, 2010
OBRIGADO, MÃE!
EVASÕES
Entre os filmes e dramas por si protagonizados contam-se A Love To Kill, The Devil, My Girlfriend Is A Nine-Tailed Fox, The Beast And The Beauty ou My Mighty Princess, entre vários outros. |
quinta-feira, setembro 09, 2010
TRATAMENTO POR TU OU POR VOCE
O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:
- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective pergunta-lhe:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- 'Sim, claro' respondeu o Director surpreendido!
- Então vou repetir : o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
A lingua portuguesa é mesmo fascinante!
domingo, setembro 05, 2010
sábado, setembro 04, 2010
SUGESTÕES
sexta-feira, setembro 03, 2010
QUEM TRAMOU ROGER RABBIT?
FLASHES DE FÉRIAS
Ao 5º dia de férias, almoço em casa do irmão para comemorar os sete anos do meu sobrinho mais novo. A importância da família como suporte emocional e a antecipação do clássico do Sporting com o Benfica no bolo com o emblema da águia, ou, como se costuma dizer: "Até os comemos!". Festas e futebol à parte, a sensação de demasiado tempo perdido. A segunda semana tem de ser a sério, no que há para fazer, mas também no prazer, porque férias são férias e quando damos por isso já estão a acabar.
domingo, agosto 29, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
quarta-feira, agosto 25, 2010
CUIDADO COM A ROTINA NO CASAMENTO
O marido entra com muito cuidado na cama e sussurra suave e apaixonadamente ao ouvido da sua mulher:
- Estou sem cuecas...
A mulher responde:
- Amanhã lavo umas quantas.
segunda-feira, agosto 23, 2010
domingo, agosto 22, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
"Tudo o que quiseres!", "Se te apetece...", "Não há problema nenhum!", "Sempre que precisares...", "O nosso amor é para sempre.", "Terminamos porque os nossos signos não combinam ou apenas porque os nossos clubes são rivais, não é nada pessoal."
Mentiras piedosas, desculpas de ocasião, a verdade encoberta com medo de magoar, silêncios que gritam arranhando a consciência. Com familiares ou amigos, no trabalho, no sexo, na vida... Entre o Sim e o Não tantas vezes silenciamos a vontade, escolhemos a saída mais fácil só para não melindrar, para fazer jeito. Entre um e outro colocamos a máscara dum mal menor, somos o que esperam que sejamos, normais. Éticamente correctos enganamos mesmo aqueles que amamos. Não me mintas nem me faças favores! Se a verdade por vezes magoa, a incerteza agonizante provocada pela dúvida é como o pingo que cai da torneira, um atrás do outro, horas a fio numa cadência certa e prolongada. Não mata mas desgasta, fere e deixa marcas.
sábado, agosto 14, 2010
VONTADE
uma lágrima seca presa no olhar
sou lembrança
uma sombra do que fui
um sonho
sem asas
nem vontade
de voar.
sexta-feira, agosto 13, 2010
MAR & SOL
QUINTA - A trabalhar das 7 às 24 horas, mais responsabilidade, menos tempo para dispersar os meus pensamentos. O país parece estar todo a arder quando se liga a televisão. Há carros de bombeiros destruídos, bombeiros mortos e muitas pessoas sem casa e cheias de medo. Dizem que só se fala dos bombeiros nestas alturas. Por isso gosto tanto quando não se fala deles, quando esses heróis silenciosos se quedam pelo anonimato e o nome do Zé, da Maria ou do Manel não fazem capas de jornais por terem perecido nessa estranha forma de vida que é a de arriscarem as suas vidas de graça e mesmo assim gostarem. Ninguém sabe quem são, porque têm esse bichinho no corpo, quais os seus sonhos, ao contrário de quem gosta de aparecer na televisão e de se auto-intitular de famoso, seja por desfilarem numa passerelle ou por pensarem que sabem cantar.
sexta-feira, julho 30, 2010
DIREITOS HUMANOS?!
UMA LIÇÃO DE VIDA
Estas foram das últimas palavras do actor António Feio, recheadas de sabedoria. O António deixou-nos ontem, depois de uma luta estóica e inglória contra o cancro. O António era um lutador e, apesar de não ter medo da morte e estar preparado para ela - como fazia questão de frisar -, gostava ainda mais da vida. Acho sinceramente que a grande consolação que a morte nos traz, o seu maior mérito, é o de nos agarrar à vida, e quando falo da morte não falo apenas de um final físico, mas de uma derrota, de algo que tivemos e que perdemos. Nada como a perda, como uma morte inevitável, para nos apercebermos e darmos muito mais valor a coisas, pessoas, sentimentos que antes nos passavam ao lado, quase despercebidos. Infelizmente é assim para a maior parte de nós. Quase de certeza, não para o António, não para alguém que, apesar de não o conhecer muito bem - porque nunca fui grande apreciador do António actor -, sempre me transmitiu uma força, uma alegria, uma vontade de viver não apenas exclusiva dos seus últimos meses. O António era assim, podia ser Feio, mas só de nome, porque por dentro era uma pessoa bonita, com a qualidade intrínseca de conseguir transmitir-nos para fora essa mesma imagem, de partilhar. Por isso que, ao contrário de pessoas para quem 100 anos não chegam para encher uma caixa de sapatos com memórias, para quem todo o tempo do mundo não lhes chega para descobrir o significado da vida, que pensam que, após meia dúzia de anos já sabem tudo, que a vida não tem mais segredos, o António vivia como se cada dia fosse o primeiro - ou o último -, sem certezas, descodificando nos pequenos pormenores do dia a dia os verdadeiros valores, aqueles que lhe permitiram viver intensamente e mesmo na doença, encará-la como mais uma etapa, mais uma aprendizagem. E foi nessa aprendizagem, na sua humildade, na esperança, que o António nos deu uma grande lição de vida.
domingo, julho 11, 2010
DA JABULANI ÀS VUVUZELAS
segunda-feira, junho 28, 2010
A NOIVA CADÁVER
segunda-feira, junho 21, 2010
sexta-feira, junho 18, 2010
JOSÉ SARAMAGO - UM ÚLTIMO ADEUS
José Saramago, escritor português, Prémio Nobel, já não está entre nós. A frase com que abro esta postagem foi um dos seus últimos testemunhos, uma das suas derradeiras ideias. Sem ser uma personagem consensual - longe disso -, José Saramago era um homem de ideias e de ideais. Enquanto que a maior parte de nós luta diariamente por um pouco de atenção, pelo olhar atento, pelo reconhecimento pelos outros daquilo que fazemos, por amor, por uma simples e rápida atenção sobre nós, existem, por outro lado uns poucos que fazem da sua vida uma guerra aberta contra o mundo, contestando tudo e todos, chamando a atenção das "luzes" pelo ódio, pelo confronto, pela polémica. Saramago nunca foi um dos meus escritores de eleição, uma das minhas referências enquanto homem.
Como Mourinho, Saramago era um homem de antagonismos, de uma personalidade forte e, como o novo treinador do Real Madrid, era um homem de conquistas. Talvez o mundo não aprecie particularmente os homens com ideias, aqueles que poem em causa verdades e conceitos pré-concebidos. Sem o admirar nem concordar em muito do que dizia ou fazia, reconhecia nele essa capacidade que poucos têm de poderem transformar, a força necessária para sacudir as teias de aranha de certas mentalidades tacanhas, a defesa intransigente dos seus ideais. A literatura ficou hoje mais pobre, Portugal - esse mesmo Portugal tão criticado por Saramago - e o mundo ficaram mais pobres com a sua morte.
terça-feira, maio 11, 2010
ESPERANÇA
Choca-me o luxo e a ostentação das proeminentes figuras do Clero, o esbanjamento de dinheiro que esta visita acarretou, o caos no trânsito, as pontes... de um país com a economia em colapso. Choca-me o cinismo dos nossos governantes, que entre a festa benfiquista de seis milhões de portugueses e a excitação da visita do Papa atiraram para o ar o mais que iminente aumento dos impostos e umas veladas ameaças sobre cortes no 13º e no subsídio de Natal, como se nem dessemos a esses temas a devida importância. E a verdade é que a maioria nem notou, ou preferiu dar relevo a outros cenários mais festivos. Há alturas em que invejo os gregos!
Mas dizia eu que muitos dos que foram ver o Papa - bem mais simpático ao vivo do que a ideia que tinha do homem - não o fizeram por especial devoção, mas essencialmente pelo "circo" e, não dêem a este termo qualquer conotação perjurativa. Ver o Papa ao vivo é a possibilidade de aparecer na televisão, de assistir a algo que provavelmente não veremos nunca mais, "estar" incluído num grupo - ou seguir os carneiros, como tanto temos o costume de fazer em Portugal. Eu vi o Papa pela televisão, como gostaria de ter lá estado apesar das nossas diferenças, intrigado mas ao mesmo tempo fascinado com o potencial que um homem - e é d'Ele que falo, daquele em que insisto eu: não acredito - tem para mobilizar tanta gente. Tanto potencial desaproveitado ao longo de décadas, séculos, por equívocos e jogos absurdos de poder e ostentação. Hoje, como defronte da estátua mais emblemática de Fátima, penso no papel desempenhado pela Igreja, não apenas na conturbada sociedade actual, mas ao longo dos tempos, que deveria de ter sido de compreensão e de esperança para os desfavorecidos, para todos aqueles que sofrem, para os incompreendidos, vítimas das suas diferenças e tomadas de posição. A esses a Igreja nunca deu conforto, antes perseguiu. Preferiu impor em vez de aconselhar, criticar em vez de perdoar, castigar quem precisava de apoio. Conforto, conselhos, perdão, apoio, esperança, fé, união, solidariedade. É esse o papel da Igreja, de toda e qualquer religião, mesmo baseada em mitos com histórias inverosímeis e falsos deuses de pés de barro. As pessoas, cristãs ou não que seguiram o Papa, mesmo que pela televisão, não querem saber do passado, mas precisam de acreditar no futuro, mesmo que agarradas a essas imagens, ao Papa, aos santos, a um simples crucifixo, a qualquer coisa que lhes permita acreditar num amanhã melhor.
segunda-feira, abril 26, 2010
O 25 DE ABRIL FOI ONTEM
quinta-feira, abril 01, 2010
1º DE ABRIL
Até há uma estatística que diz que em dois minutos de conversação, há três mentiras (...) É tão importante mentir que até inventámos um dia das mentiras."
Estas afirmações pertencem ao psiquiatra Américo Baptista, publicadas hoje no jornal Global. Gostava de pensar que existe um certo exagero no que diz, que mentir não é tão importante para vivermos em sociedade, mas seria estar a enganar-me a mim mesmo, e essa é uma mentira que não quero proferir. Desde já aviso que nunca roubei, nunca menti, nunca vi filmes pornográficos ou cobicei a mulher do próximo. Nunca cometi um erro no meu trabalho, nem inventei desculpas para justificar-me perante ninguém, pais, amigos, namorada ou chefe. Mentimos. Mentimos muito, tanto, quando pequenos para escapar do raspanete do pai, nas doenças que inventamos para faltar às aulas, nas histórias contadas aos colegas sobre façanhas que nunca cometemos, sobre mulheres, sobre jogos que nunca jogámos porque nunca os pudemos sequer comprar. Mentimos quando somos cínicos para com as pessoas que não suportamos, nos desejos forçados de um bom dia, quando interrompemos o discurso ensaiado do telefonema sobre as promoções da MEO ou da ZON com um educado "não tenho tempo", mentimos já sem dar por isso e, pior, mesmo que daí não advenha qualquer vantagem. Mentimos quando nos perguntam se estamos bem e respondemos que sim, porque é a saída mais fácil ou que não, começando a contar um número exagerado de doenças e problemas apenas para que se compadeçam de nós. Mentimos para justificar o atraso no emprego, o erro cometido ou mesmo quando a mulher nos pergunta se estávamos a olhar para outra. Nunca! "Tu és a única mulher na minha vida! Morreria - outra das mentiras mais frequentes - por ti." Mente ainda o pescador e o caçador, o político e o apaixonado, o poeta e o ladrão. Somos mentirosos compulsivos, Pinóquios de carne e osso, espantados e irritados com as mentiras dos nossos governantes como se fossemos exemplares perfeitos, almas puras, imaculadas de qualquer pecado, dignos de um qualquer Fernão Mendes... Minto.
domingo, março 21, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
domingo, março 14, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
-Não costumo abrir esse precedente para ninguém - respondeu a cobra -, mas já que te vou devorar, pode perguntar.
- Eu pertenço à sua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu fiz-te algum mal?
- Não.
- Então porque queres devorar-me? - perguntou o vaga-lume, sem saber porque lhe perseguia a cobra.
- Porque não suporto ver-te brilhar."
quinta-feira, março 11, 2010
SÓ ACONTECE AOS OUTROS?
SÓ ACONTECE AOS OUTROS?
terça-feira, março 09, 2010
EM DEFESA DA MORAL
segunda-feira, março 08, 2010
PARA ENTENDER UMA MULHER
Para entender uma mulher
é preciso mais que deitar-se com ela…
Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa
que se possa prever nossa vã pretensão…
Para possuir uma mulher
é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase
numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade… Há de se conseguir
fazê-la sorrir antes do próximo encontro
Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que
amante perfeito…
Há de se ter o jeito certo ao sair, e
fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso…
- O potente, o amante, o homem viril, são homens bons… bons homens de
abraços e passos firmes…
bons homens pra se contar histórias… Há, porém, o homem certo, de todo
instante: O de depois!
Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.
É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!
Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…
Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”
Carlos Drumond de Andrade