domingo, setembro 19, 2010

PORQUE HOJE É DOMINGO!...

O Parque Júlio José Ferraz é, indubitavelmente um dos locais mais bonitos e aprazíveis de Almada, pelos amplos espaços verdes, que levam a que, especialmente ao fim de semana mas não só, se juntem ali bastantes crianças acompanhadas pelos pais, como ainda jovens e idosos que ali se deslocam e permanecem durante bastante tempo para namorar, descansar ou revigorar a vista com a bela paisagem do local. Confesso que este parque faz também parte do meu álbum das melhores memórias e é, ainda hoje, parte integrante do meu ritual diário. Hoje, um dia depois de uma noite de bastante movimento, devido a um espectáculo integrado na semana europeia da mobilidade, o aspecto deste espaço era o que as fotografias documentam, com muito lixo espalhado por todo o lado - havendo vários caixotes no local -, muitas garrafas de cerveja, algumas partidas outras não, com crianças brincando lado a lado com a porcaria e bocados de vidro disfarçados pela relva, perante a passividade dos pais. Como se não bastasse, até a tabuleta com o nome do Parque foi arrancada dos seus alicerces, sabe-se lá até quando. Para uma cidade que, segundo as palavras da Presidente da Câmara, dois dias antes no Almada Fashion, sabe receber as suas visitas, é triste, lamentável até que entre os seus residentes haja energúmenos deste jaez, incapazes de beberem sem perder a noção do civismo, incapazes de se comportarem em sociedade. A rebeldia, a efemeridade da juventude ou a desculpa fácil da inconsciência provocada pelo álcool não lhes dá o direito ao vandalismo, não atenua nem branqueia a maldade pura destes e outros actos semelhantes. Todos os fins de semana, não muito longe daqui, na chamada parte velha da cidade, ponto de encontro de grandes aglomerados de jovens pelo grande número de pubs e bares, é difícil adormecer antes das três, com gritos e buzinadelas de quem se mostra indiferente ao descanso dos outros e de manhã, são sempre evidentes os efeitos da sua passagem, com garrafas e restos de garrafas amontoando-se junto às portas das casas, com restos de comida de quem se arma em herói e depois não sabe aguentar a bebida. Não é esta a liberdade pela qual tanto se orgulham, não foi pelas noitadas sem freio e pelo sexo sem nexo e irresponsável que essa mesma liberdade foi tão arduamente conquistada. E chamam-lhes... a esses animais irracionais, futuro?! Que futuro, quando o presente é por eles tão maltratado?


sábado, setembro 11, 2010

OBRIGADO, MÃE!

Já aqui disse um bom par de vezes que Setembro é um mês, para mim, particularmente dedicado a aniversários, começando com o meu sobrinho mais novo, o meu irmão (já passados), o meu sobrinho mais velho, alguns amigos mais especiais e, no dia de hoje, a minha mãe. Igualmente já foi por mim referido nos anos anteriores da importância da minha mãe na minha vida, pela força, pelo afecto, por vários condicionalismos que ajudaram a moldar o meu carácter - virtudes e defeitos - e que me fizeram ser a pessoa que hoje sou. Estarei longe de ser uma pessoa perfeita e com a vida que sempre sonhei, mas conservo ainda os valores e os princípios pelos quais fui educado a tomar como certos. A minha mãe é, ainda hoje a minha grande companhia, o meu apoio, a mãe-galinha e protectora, cujos conselhos bem intencionados já nem sempre sigo, apesar de os respeitar e compreender. Há uma altura na vida, momentos em que o certo e o errado, o bom e o mau se confundem, segundo as perspectivas de quem dá e quem recebe um conselho. Nem sempre o que é certo para nós é aquilo que nos faz sentir bem, que faz o nosso coração bater mais forte. Não é apenas a justiça que é cega e o coração tem, todos sabem, razões que a própria razão desconhece. Viver, sentir, não obedece a lógicas ou normas pré-estabelecidas, é fruto muitas vezes de um momento, de um instante de loucura que tantas vezes dita uma vitória ou uma derrota, agir sem pensar ou perder o tempo pela falta de coragem. Não é pois de estranhar que um dia queiramos voar com as nossas próprias asas, cair se tivermos de cair e aprender a levantarmo-nos sem qualquer ajuda. Já caí, já escorreguei, já fui até empurrado, embora levantar-me continue a ser sempre a parte mais difícil. Os pais nem sempre compreendem essa atracção pelo abismo. Dizem: toda a gente cai uma vez na vida, duas é insistir no erro. Que dizer então de três ou quatro? Como esperar que compreendam o que por vezes até para nós é difícil de explicar? Amor, tudo se resume a isso, por ele vamos por atalhos, saímos da linha, saltamos sobre precipícios, percorremos o deserto e é esse mesmo amor, de uma forma diferente mas sempre incondicional que os pais têm, e que demonstram sem reticências, mesmo quando escolhemos esses caminhos errados (ou não), quando fazemos as nossas asneiras, quando mesmo não compreendendo, não concordando com as nossas atitudes e decisões está sempre presente no seu apoio, sem o qual cada queda seria mais dura, talvez irreversível. Ser pai deve ser - é seguramente - das coisas mais apaixonantes, mas também das mais complexas, difíceis que existem, tendo a responsabilidade de moldar um carácter, incutir valores, educar, dar-nos força mas também sensibilidade, elogiar mas também repreender. Se um dia chegar a ser abençoado pela paternidade, quero que o meu filho tenha todo o amor, a educação, os valores, toda a sorte que eu tive e ainda tenho. Obrigado, mãe! Por tudo!

EVASÕES

Shin Mina (ou Shin Min-Ah) nasceu na Coreia do Sul a 5 de Abril de 1984, sendo uma das mais promissoras actrizes e modelos sul-coreanos.

Entre os filmes e dramas por si protagonizados contam-se A Love To Kill, The Devil, My Girlfriend Is A Nine-Tailed Fox, The Beast And The Beauty ou My Mighty Princess, entre vários outros.
Devido à semelhança de nomes, alguns dados pessoais ou mesmo imagens, são confundidos nas buscas na net com a modelo, cantora e dançarina Shin Mina (já aqui apresentada), famosa especialmente pelas suas imagens durante o Mundial de futebol na Coreia. Em algumas procuras, mesmo a data de nascimento das duas surge trocada.

quinta-feira, setembro 09, 2010

TRATAMENTO POR TU OU POR VOCE

Vocês sabem a diferença entre o tratamento por tu e por você? Vocês pensam que sabem, mas vejam abaixo. Um pequeno exemplo, que ilustra bem a diferença:

O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:

- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective pergunta-lhe:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- 'Sim, claro' respondeu o Director surpreendido!
- Então vou repetir : o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.


A lingua portuguesa é mesmo fascinante!


(recebido por mail)

domingo, setembro 05, 2010

FLASHES DE FÉRIAS


sábado, setembro 04, 2010

SUGESTÕES

Lembro-me perfeitamente de um dia ter discutido com uma pessoa especial sobre até que ponto um acidente grave, uma incapacidade de um elemento do casal, uma doença de um dos filhos, daquelas que permanecem para a vida inteira poderia influir num casamento, na felicidade de duas pessoas que juravam constantemente promessas de amor eterno. Isto a propósito de alguns casais que se separam à primeira contrariedade e de "para sempres" e "até à eternidades" que se revelam sempre demasiado frágeis. Sosseguei-a com a minha resposta, sincera nas minhas convicções. Aliás, não acredito que a maioria das pessoas desse outra resposta, mesmo aquelas que um dia passaram pelo mesmo e acabaram por se separar. Há coisas que só mesmo quem passa por elas, cada caso é um caso, cada pessoa reage de forma diferente e por muito que nos conheçamos raramente conseguimos antecipar as nossas reacções a determinados factos. Já me tinha esquecido desta conversa, ocorrida no interior dum autocarro a caminho do fórum Almada, à coisa de dois anos atrás. Até hoje. Até assistir a Segredos de Família (the memory keeper's daughter), sem maiores expectativas do que teria se fosse ver algum daqueles telefilmes familiares da TVI de fim de semana. Confesso que o elenco - apesar da minha admiração por Emily Watson - não contribuiu para alterar a minha opinião pré-concebida, sustentada convictamente apenas até aos primeiros minutos do filme, que nos agarram desde logo à história e que nos fazem pensar desde logo: "E se?... fosse connosco?". Essencialmente, o filme conta-nos a história de um casal (Dermot Mulroney e Gretchen Mol) nos momentos que antecedem o nascimento do seu primeiro filho. Na ausência do médico, o marido - também doutor - resolve fazer ele próprio o parto, ajudando a dar à luz não um, mas dois bebés de sexos diferentes. O rapaz é uma criança perfeita, enquanto a rapariga sofre do síndrome de Down. Assustado por antecedentes familiares no seu passado relacionados com a doença, o protagonista resolve "esconder" a menina da sua esposa, contando-lhe que não sobreviveu ao parto, entregando a criança à enfermeira (Emily Watson), para que a levasse para um lar. Desta forma, pensava, a família seria feliz, sem os sacrifícios e a possibilidade de uma morte prematura que fizesse desmoronar a harmonia e a felicidade do casal. Todavia, o que o filme nos mostra é um contraste enorme entre a vida do protagonista no seu seio familiar e a da enfermeira, que desobedecendo resolve cuidar da menina como sua filha, e que resulta num drama comovente sem ser demasiado lamechas.

sexta-feira, setembro 03, 2010

QUEM TRAMOU ROGER RABBIT?

Esse era o título de um filme de ficção que fez certo furor alguns anos atrás, mas de que me lembrei quando vi hoje toda a envolvência mediática em torno do Processo Casa Pia, que terminou finalmente. Seguramente um dos julgamentos que se arrastaram por maior número de anos, desgastou não só todos aqueles quantos nele se viram envolvidos, como a paciência da opinião pública. "Terminar" é sempre uma expressão ingrata nos meios judiciais, pois se foi hoje finalmente lida a sentença em relação aos arguidos no caso, é certo que os próximos tempos serão por eles dedicados a apelar para outras instâncias, numa luta exaustiva nos meandros de uma justiça quase sempre cega e lenta. A sensação com que se fica hoje é a de uma vitória amarga em que ninguém saiu - pelo menos totalmente - vitorioso. Os casos de pedofilia e abuso sexual, de menores ou não, são ainda uma triste e preocupante realidade sem fim à vista, servindo as salas de tribunal para, mais do que fazer justiça, pedir exorbitantes indeminizações, porque tudo se resolve com dinheiro, tudo se vende, tudo se compra, mesmo a honra e a dignidade humana. Carlos Cruz disse esta tarde quase noite que, a partir de certa altura, o processo Casa Pia foi o processo Carlos Cruz. Na realidade, é impossível dissociar todo o sensacionalismo envolvente deste processo com o mediatismo do Senhor Televisão, outrora um dos mais conhecidos e populares profissionais da área de comunicação, elogiado quase unanimemente, mesmo por aqueles que desde o início deste caso o julgam baseados muitas vezes nos media e na opinião pública, sempre tão célere em condenar ou apontar o dedo àqueles que obtém sucesso nas suas áreas profissionais. Não tomo qualquer partido, eu que parto sempre do pressuposto que nem o Diabo é tão mau como o pintam assim como os anjos têm quase sempre a cara e as mãos sujas. A justiça dos Homens é quase sempre tão injusta condenando inocentes, quer deixando em liberdade assassinos. Sem factos que me permitam condenar ou absolver, o profissional que eu sempre admirei e que surgiu hoje na televisão, é um homem envelhecido, mas que ainda sabe jogar com as palavras e com a imagem, um daqueles tipos que se quisesse conseguia vender pentes até para carecas, tal a sua empatia com as câmaras. Dificilmente o vejo como um pedófilo, da mesma forma que não quero acreditar que a justiça continue a condenar pessoas sem provas, apesar de todos os antecedentes sobejamente conhecidos. Vários anos depois do início do processo a sensação é de vazio, a de que a montanha pariu um rato e que muita coisa ficou por dizer, que muitos nomes tão ou mais envolvidos em todo este processo permaneceram no anonimato ou apenas com breves aparições.

FLASHES DE FÉRIAS

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!
Ao 5º dia de férias, almoço em casa do irmão para comemorar os sete anos do meu sobrinho mais novo. A importância da família como suporte emocional e a antecipação do clássico do Sporting com o Benfica no bolo com o emblema da águia, ou, como se costuma dizer: "Até os comemos!". Festas e futebol à parte, a sensação de demasiado tempo perdido. A segunda semana tem de ser a sério, no que há para fazer, mas também no prazer, porque férias são férias e quando damos por isso já estão a acabar.