domingo, janeiro 31, 2010

PORQUE HOJE É DOMINGO!...


PRECISA-SE: MUSA

Urgente


Quantas vezes não foram acometidos de uma tremenda falta de inspiração em que queriam escrever alguma coisa e as palavras simplesmente não saíam? O mesmo se tem passado aqui pelo Lado B e pelos seus afluentes. Não é a primeira vez, não há-de ser a última. Geralmente resolvo estes problemas deixando fluir as primeiras palavras. O resto vem por acréscimo. Houve um tempo em que desejei que isso acontecesse - o secar desse rio -, em que acreditava que eram as palavras que estavam a bloquear a porta que havia entre mim e a vida lá fora. Só que a vida continua lá fora e as palavras já cá não estão. Minto, estão, repetem-se na minha cabeça numa cadência assustadora, como uma torneira mal fechada, como uma CREL onde as rochas desabaram e o trânsito vai ficando cada vez mais e mais engarrafado sem conseguir encontrar uma saída. Tem sido assim com as palavras, onde tem faltado o engenho com que as moldava, com que lhes dava cores e sons, como se as minhas mãos tivessem vida e vontade próprias. Só que se a vida é feita de vontades, a minha tem sido feita de ausências, até aqui repleta de palavras que enchiam vazios, que disfarçavam necessidades. De onde vem a inspiração? "Como e quando é que surge esta força estranha que me guia a mão?", "Não sei (...) , sinto-a apenas como um vento súbito que chega sem bater, quando sofro, quando amo ou julgo amar, quando sonho acordado, quando odeio, raramente quando a procuro. Aí, fogem-me as ideias, fico atolado em palavras que não fluem." Nunca me acostumei a viver sem palavras, sobretudo escritas, como se as minhas emoções, todos os meus desejos e frustrações saíssem num desabafo literário e quase sempre virtual. Eu quero viver, quero sonhar, experimentar, cair e levantar-me, rir e chorar, mas também escrever. Onde estão as musas da escrita, da vida, as tágides de Camões, Euterpe, Érato e a Calíope, musas de tantos poemas e prosas. Será a inspiração uma mulher? Onde está ela então que a minha vista não alcança? Será o sofrimento, uma tarde de praia, o mar azul, a dança da chuva, o Sol, a solidão, um pássaro, um avião? Decerto não será o Super-Homem. Tanta vida lá fora, quem vai abrir esta janela? Quem és tu, inspiradora musa que me vens estender a mão?


p.s. envio de respostas com fotografia de corpo inteiro - porque nem só da alma vive o homem - para os emails no canto superior direito deste blogue

sábado, janeiro 30, 2010

EVASÕES

Natalie Portman é uma das actrizes mais bonitas do actual panorama cinematográfico. Nascida a 9 de Junho de 1981 em Jerusalem, Israel, Natalie consegue aliar um talento cedo demonstrado (Leon) a uma imagem inocente e frágil que cativa no ecrã.

VÍCIADO EM DRAMAS



Não, não falo sobre esses dramas da vida real, dos pessoais - ai o amor, esses sempre difíceis e complicados amores -, nem dos outros, dos Haiti's que acontecem todos os dias em qualquer canto do mundo, tantas vezes sem qualquer destaque. Do que vos venho dar conta é de um dos meus vícios dos últimos meses, os dramas (ou doramas) asiáticos que, por outras palavras são o mesmo que os Lost ou os Dr. House americanos ou as telenovelas brasileiras e portuguesas com que somos bombardeados diariamente, com a diferença de que exploram muito mais o lado emocional das personagens, tanto no humor como principalmente na dita parte do drama.


Os personagens são excelentes e cativam-nos logo após as primeiras cenas, depois de um primeiro impacto em que até pensamos que "aquilo" é demasiado infantil que não nos vai despertar o interesse. Puro engano. Os asiáticos têm uma forma diferente de viver, levando as suas emoções ao extremo e o que pode muitas vezes ser considerado infantil não é mais do que um entusiasmo genuíno e descomplexado que nós, ocidentais, tendemos a reprimir em público. Infelizmente, e como não há bem que sempre dure, acabei agora de ver Sassy Girl - que recomendo vivamente, apesar de não muito acessível -, na linha dos não menos inesquecíveis A Love To Kill, Crazy For Love ou The Negociator, apenas para referir alguns dos que já vi.


Certo que dificilmente nos lembramos dos nomes das personagens ou mesmo dos actores, tão difíceis de pronunciar, meros detalhes, todavia. Felizmente não me falta por onde arriscar e o problema imediato vai residir na escolha, de 14 Sai No Haha a Bambino, de Devil Beside You a Full House, de Hanoi Bride a Innocent Love, passando por Love Contract ou Threads of Destiny. Poucos conhecerão qualquer uma destas séries, mas para quem gosta daqueles filmes que nos deixam às vezes com uma lágrima rebelde ao canto do olho apenas vos digo que não sabem o que perdem, os dramas e as respectivas bandas sonoras com melodias que, mesmo que as palavras não nos digam grande coisa, nos tocam por dentro. Daqui deste Lado B, hoje virado a oriente, os meus desejos de um bom fim de semana e um efusivo Sayonara!

domingo, janeiro 24, 2010

PORQUE HOJE É DOMINGO!...


Nunca tive o tempo nas mãos. O meu tempo e o teu, o tempo para crescer, para ter um filho, tempo para jantar, para dormir, sempre a correr atrás do tempo que nos parecia fugir o tempo todo. Haverá tempo ainda, um tempo que seja, sem pressas nem contratempos, sem desculpas, um momento que seja, um tempo para nós? Lamento todo o tempo que perdi à espera nem sei de quê. Porque insisto em dar tempo ao tempo? O tempo é o momento, o reverso do pensamento, o tempo é a desculpa. Falta sempre tempo para quem não tem coragem de viver.

sábado, janeiro 23, 2010

PENSAMENTO DO DIA


"Ninguém jamais vencerá a guerra dos sexos: há muita confraternização entre os inimigos"
do livro "A Vingança de Eva", de Henry Kissinger

sexta-feira, janeiro 22, 2010

AMORES SOFRIDOS

Revi hoje uma vez mais o clássico western Duelo Ao Sol, com Gregory Peck, Jennifer Jones (recentemente falecida) e Joseph Cotten, nos principais papéis. A exemplo das vezes anteriores, voltei a achar que o filme não tem um enredo por aí além - não é um Rio Bravo ou um Shane, apenas para citar dois dos meus filmes preferidos dentro do género, mas aquele final!... Quando a mestiça Pearl Chavez vai ao encontro do foragido Lewt McCanles, não lhe leva apenas o ímpeto selvagem do seu corpo que ele espera poder domar uma vez mais em seus braços, mas o ódio por alguém que a levou a deixar de lado a vida nobre de senhora educada com que o seu pai sempre sonhou, por uma vida desregrada , sucumbindo mais que uma vez aos prazeres de uma paixão avassaladora que cedo nos apercebemos que iria conduzi-la para o abismo, aqui na figura da rocha da Cabeça do Índio, onde os dois acabam por se esvair em sangue depois de uma troca de tiros que termina num beijo daqueles de ficar sem fôlego. Aí, é difícil continuar a manter a raiva que tínhamos por um dos raros papéis de vilão protagonizado por Gregory Peck. O amor, aqui tantas vezes confundido com o ódio, com a loucura, com o simples mas arrebatador e inflamado desejo, consegue apagar parcialmente todos os erros anteriores e levá-lo à redenção, pelo menos aos olhos do espectador. Lembro-me de Romeu e Julieta e tantos outros amores impossíveis e trágicos da tela e da vida real onde todos os dias alguém mata por amor ou por ciúmes. Em Duelo ao Sol, Pearl, como um diabo cheio de tentação e pecado atraiu Lewt para um sentimento que destruiu toda uma família, um amor daqueles tantas vezes sonhados, impetuosos e cheios de fogo que raramente nos passam pelos braços e pelo coração, e que mesmo assim nos deixam tantas feridas abertas, tanta dor e desilusão.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

DIVAGANDO ENTRE A TÉCNICA E A MORAL

OU A DIFERENÇA ENTRE QUEM PENA COM O PÉ E QUEM O FAZ COM A CABEÇA (cabeçadas à parte!)

Antes de mais devo começar por exprimir a minha admiração pelo futebolista que foi Sá Pinto, pela raça que sempre demonstrou - e continua a demonstrar e a exagerar - ao serviço dos clubes que demonstrou. Como jogador podia ter chegado mais longe ou talvez não, mas de certeza que alguma dureza exacerbada e vários casos pontuais de indisciplina e sangue quente em nada ajudaram na sua carreira. Liedson, por seu lado, abono de família de uma equipa esfomeada de resultados e exibições não é, também, caso virgem nas polémicas que teimam em "incendiar" o balneário do Sporting. Ambos, pelo protagonismo que lhes é devido dentro do clube devem lembrar-se que por muito mérito que tenham, o Sporting é maior do que a soma e qualidade dos seus jogadores e dirigentes. Não foram eles, Sá Pinto e Liedson que fizeram do Sporting o clube que é, mas o Sporting que fez deles muito do que hoje são. Já vi grandes jogadores, elementos fulcrais e indispensáveis serem dispensados dos seus clubes - com o prejuízo financeiro e desportivo, óbvio para as equipas em causa - em campeonatos mais competitivos do que o nosso. O Sporting e o futebol português não podem, por muita qualidade técnica que tenham os jogadores, continuar nas mãos de pistoleiros e arruaceiros que amuam de cada vez que não lhes é feita uma vontade, que passam o jogo a dar cotoveladas em colegas de profissão, a degladiarem-se a coberto dos túneis deste nosso futebol e a pavonearem-se em primas donnas como se os clubes girassem à sua volta. Eles e grande parte dos dirigentes do futebol português esquecem-se constantemente das suas responsabilidades, quer profissionais como ainda morais, acrescidas ao exemplo que, como figuras públicas deviam passar para quem os idolatra, ou para quem faz sacrifícios para pagar os bilhetes de um jogo que devia girar em torno da bola e acabar ao derradeiro apito do árbitro. Liedson e Sá Pinto não deverão escapar de um elevado castigo pecuniário - menos seria vergonhoso mas não surpreendente - e uma eventual exclusão quer de um, como de ambos os intervenientes não seria - mesmo para o clube de que sou simpatizante - cenário a descartar num clube, num futebol e num país com outros valores, prioridades e preocupações que não os resultados da bola e as corrupções desportivas, políticas e sociais de quem, investidos de um poder questionável, prosseguem indiferentes às leis, éticas e morais, a uma justiça que teima em manter-se não apenas cega, mas surda e muda.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

O MUNDO SEM MULHERES

(adaptação de um texto recebido por email)

Um HOMEM faz um esforço tremendo para ficar rico para quê? Para que buscamos a fama, fazemos exercícios e até dietas rigorosas? A verdade é que a mulher é o objectivo do homem, a razão de ser da sua existência, do seu dia a dia. Nós, homens - muitos de nós - vivemos o dia inteiro, toda a vida pensando em mulheres, ao ponto de acreditar que, se as mulheres não existissem o mundo jamais teria evoluído da forma que evoluiu. Nenhum homem - poucos de nós - iriamos fazer fosse o que fosse para impressionar outro homem, a menos que esse homem fosse o nosso chefe. Diz o ditado que "por trás de um grande homem existe sempre uma grande mulher" (e por trás dessa mulher está a esposa dele, mas isso não vem para o caso), mas eu penso que seja exactamente o contrário. São vocês que estão à frente, é a mulher que impulsiona o mundo, quem tem o poder - apesar de nos deixarem acreditar no contrário -, não o homem. É a mulher quem decide a compra da casa, a cor do carro, o filme a ser visto, o destino das férias. Bendita a hora em que você ultrapassou os limites da cozinha e, não deixando de ser feminina deixou vincada a sua personalidade, a sua competência e potencialidades, nos ensinou que chorar e exteriorizar os nossos sentimentos, medos e preocupações não eram exclusividade das mulheres, não eram sinal de fraqueza nem de pouca masculinidade. Vocês são o açúcar que adoça os nossos dias, o sal e a pimenta, o azeite e o vinagre, o tempero do nosso dia a dia.
E se você que está agora perdendo o seu tempo a ler-me for um homem, tente imaginar a sua vida sem uma mulher. Aí em sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens. Já pensou? Um casamento sem noiva, um mundo sem sogras... enfim, um mundo sem metas. Mas o que faz das mulheres esses seres tão únicos, tão especiais?
1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que vocês usem o mesmo champô.
2- O jeitinho que elas têm de encontrar sempre aquele lugar certo no nosso ombro, no nosso peito, para encostarem a cabeça.
3- A facilidade com que encaixam em cada um dos nossos abraços.
4- O jeito que têm de nos beijar e, de repente fazerem do mundo um lugar perfeito.
5 - Como são encantadoras quando comem.
6 - Sim, levam horas para se vestirem, mas no final vale sempre a pena.
7 - Porque estão sempre quentinhas, mesmo que estejam 30 graus abaixo de zero lá fora.
8 - Porque ao contrário de nós ficam sempre bonitas vistam o que vestirem, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho subtil de pedir um elogio.
10- O modo que têm de sempre encontrar a nossa mão.
11- O brilho nos olhos quando sorriem.
12- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza ou lhes dizemos 'eu amo-te!'
13- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram, de nos fazerem acreditar que somos fortes e que um não vive sem o outro.
14- O facto de nos darem uma estalada pensando que vai doer.
15- O jeitinho de dizerem 'estou com saudades' e a forma encontrada para o demonstrarem.
16- As saudades que sentimos delas, mesmo que só tenham passado 5 minutos.
17- A força que suas lágrimas têm que nos fazem sempre querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.
18, 19, 20, 2......................................................................

Podia ficar aqui a tarde inteira a lembrar-me de razões pelas quais admiramos, desejamos, precisamos das mulheres, mas cada palavra a mais é menos um carinho que te dispenso e existem momentos em que as palavras fazem tanta falta como uma peça de roupa cheia de botões quando nos deitamos na cama para fazer amor. Não, este texto não é nenhum manifesto anti-homossexual, mas o modo que encontrei, aqui e agora de dizer Eu Amo-te e preciso de ti, de um beijo, de um abraço, de um toque de mão, de sentir ciúmes e desejo, tesão. Preciso de te amar, porque a vida sem amor não é vida, é vazio, é dor, é pouco mais que nada, é um mar de solidão.

domingo, janeiro 17, 2010

PORQUE HOJE É DOMINGO!...


O DIA EM QUE PERDEMOS O BLOGUE

Sabiam que um dia qualquer podiam acordar e o blogue que criaram e que tanto trabalho vos deu a manter pode já não ser vosso? Não, não se trata de qualquer espécie de virús ou do ataque de algum hacker, mas duma ameaça tão real e tão perigosa como aquelas. Pensei no assunto um destes dias e achei que a probabilidade de isso acontecer não era de todo descabída. Quantos de vós ainda se lembram do primeiro comentário, dos motivos que vos levaram a criar um blogue, dos primeiros passos pela blogosfera procurando com que alimentar este novo "amigo"? Numa grande parte dos casos começamos por escrever para nós mesmos em pequenos desabafos e depois, gradualmente vamos aumentando as expectativas, em relação ao número de visitantes e de comentários, ora porque é chato escrever sem que ninguém nos leia ora porque o vizinho do lado andou a gabar-se que tem quatro ou cinco visitas diárias, uma delas do Brasil e outro da China. Até esse momento, o grande dilema consistia em saber o que postar a seguir e com que regularidade, tendo a noção que muitas vezes a quantidade não anda a passo da qualidade, muito pelo contrário. Muitas postagens desviam a atenção que uma só teria e que assim corre o risco de passar quase despercebida apesar do trabalho e do cuidado que tivemos com ela. Outra das grandes questões torna-se em saber até que ponto devemos expor os nossos sentimentos mais íntimos e pessoais ou se, ao invés devemos guardar uma certa distância entre aquilo que somos e o que mostramos. É preciso uma grande segurança antes de confessar que enganaste a tua mulher ou que não gostas do colega A ou B por causa da roupa que ele veste. A outra questão mais premente prende-se com a linha de orientação, sobre um tema específico ou mais abrangente e variada. Os primeiros tempos são difíceis, parece que ninguém conhece o vosso blogue, apesar de estarem constantemente a mencionar o assunto, quase como por acaso, entre amigos ou colegas e vizinhos. Uma ou duas visitas, um comentário isolado como um telefonema por engano, é pouco, muito pouco para o vosso ego. Uma anedota, um comentário sobre actualidade, um assunto polémico e o blogue que começou pessoal, quase como uma piada, um desabafo do stress diário, começa a deixar de gatinhar, em busca dos primeiros passos, desafiando os seus limites, deixando-se envolver pelas potencialidades de um universo onde não existem fronteiras. Começa a fase da pesquisa, de como agradar e chegar o mais longe possível. O vizinho das primeiras caminhadas e dos únicos comentários recebidos sabe agora a pouco. As fotos são agora mais arrojadas, aplica-se a palavra "sexo" a cada duas frases ou então "Cristiano Ronaldo". Goste-se ou não do rapaz, o certo é que ele traz visitantes ao blogue. De seguida, e como se não bastasse, mudam-se as cores, poe-se música, não uma mas mais, que os gostos não são iguais. Às tantas misturamos Tony Carreira com Megadeth e Mariza com Vanessa Mae. O consequente aumento de visitantes e de comentários eleva a fasquia da responsabilidade a uma necessidade de agradar a todos, gregos e troianos. Quando nos damos conta, não é a nossa opinião que está expressa, não é a música brejeira mas que gostamos que se ouve e sentes-te um estranho em tua própria casa ou blogue. Deixa então de ser carne ou peixe e passa a ser um armário entulhado de coisas onde não consegues encontrar nada que te pertença. Não deixem que a ambição por valores fúteis esconda aquilo que são, os vossos sonhos e ideais. Este é o meu blogue, minhas paixões e frustrações, o que eu gosto e odeio, muito daquilo que sou, a alma despida quanto baste aos olhos de quem quer que por aqui passe. Uma boa semana para todos.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

CINZENTO

Em dias como estes - encostado às cordas por uma tormenta sem tréguas - sou cinzento, como o tempo. Há quem goste de estar em casa a ouvir a chuva pela janela. Eu não. Gosto do ar livre, da ténue sensação de liberdade de um passeio, mesmo que os meus pés tenham já autonomia própria e me levem sempre por caminhos que eu conheço e faço já de cor, de olhos fechados. Com a chuva, saindo apenas de casa para o trabalho e do trabalho para casa, sinto-me fera enjaulada incapaz de respirar, pássaro na gaiola incapaz de voar. Penso no tempo, penso no horário - não gosto das tardes -, penso na vida. Na que tenho, naquela que tive, na que poderia ter tido. Penso em ti. Sim, mas em ti penso todos os dias.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

O FRASCO DA VIDA...

Descobri esta bela história no blogue www.Viver-e-ser-amado.blogspot.com, que não resisti a postar aqui de forma a partilhar convosco mais que uma história, uma lição de vida:


Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de golf.
A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.
Então o professor pega numa caixa cheia de Caricas e mete-as no frasco de maionese. As Caricas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf.
O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.
Então...o professor pegou noutra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese.
Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o pofessor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".
De seguida o professor acrescentou 2 taças de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia.
Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes: 'QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA'.
As bolas de golf são as coisas Importantes: como a familia, os filhos, a saúde, os amigos, tudo o que te apaixona. São coisas, que mesmo que se perdesemos tudo o resto, nossas vidas continuariam cheias.
As caricas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
A areia é tudo o demais, as pequenas coisas. 'Se pomos 1º a areia no frasco, não haveria espaço para as caricas nem para as bolas de golf.
O mesmo acontece com a vida'. Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes. Presta atenção às coisas que são cruciais para a tua Felicidade.
Brinca ensinando os teus filhos,
Arranja tempo para ires ao medico,
Namora e vai com a tua/teu namorado/marido/mulher jantar fora,
Pratica o teu desporto ou hobbie favorito.
Haverá sempre tempo para limpar a casa e reparar as canalizações.
Ocupa-te das bolas de golf 1º, das coisas que realmente importam. Estabelece as tuas prioridades, o resto é só areia...
Um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representava o café.
O professor sorriu e disse: "...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a vossa vida esteja ocupada,sempre haverá espaço para um café com um amigo".

domingo, janeiro 10, 2010

ESTA VEIO POR SMS

Mentir que seja na idade
se for para roubar que seja um beijo
se for para perder que seja o medo
mas se for para ser feliz
que seja para sempre.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

EU É MAIS GAJAS


Reacções de um lésbico assumido, à porta da Assembleia da República

Gostei, até que foi giro, pá! Gostei porque há muito tempo que não via tantos deputados ali na assembleia mas foi um bocado chato a parte de estarem todos a portarem-se muito bem, sem as habituais palhaçadas que até costumam dar algum gozo à malta. Também gostei do nosso Primeiro a defender alguma coisa com tanto empenho como se fosse uma coisa realmente importante para si. Não estranhei ainda que ele abandonasse o Parlamento antes da votação final, pois nisto de política, podia-lhe sair alguma declaração menos ortodoxa e isto das escutas nunca se sabe onde é que elas estão, mas que as há, lá isso há! Quanto ao casamento, acho até muito bem, pois se os homens começarem a andar com outros homens é uma dedução lógica que vão sobrar algumas mulheres para os homens normais. Pessoalmente eu até gosto de lésbicas. Sinto apenas que não é recíproco, é cá um feeling que eu tenho, mas a verdade é que não sei bem porquê, mas até hoje nunca nenhuma correspondeu ao meu olhar à Zé Camarinha. Mas gosto a sério. Aliás nem sei bem porque é que uma grande maioria das mulheres hetero acha repugnância àquilo, preferindo mesmo ver dois homens a fazer aquelas coisas esquisitas que viram no Brockback Montain. Mas como até a minha velha pensa assim!... Os homens hetero não. Além de não acharmos uma relação entre duas mulheres repugnante - desde que nenhuma delas seja a Susan Boyle - ou impraticável, uma grande maioria chega a considerá-las mesmo excitantes, aquele tipo de trejeitos mais sensuais e delicados assim tipo José Castel-Branco numa versão feminina. Eu até acredito que se eu fosse mulher de certeza que era lésbica. Não gostei dos cowboys, cheguei à cena da tenda e desliguei logo a porcaria da televisão com medo que o espírito do velho Duke desse umas quantas voltas na campa, apesar da minha namorada me ter dito que o filme era muito bonito, assim e assado. Tão a ver, coisas de gaja achar piada a dois marmanjos aos beijos. Tenho ainda um fetiche por orientais, do tempo em que o Luis Represas cantava aquela música "Feticheira", mas não sou esquisito. Baixas, altas, mais cheias, tipo tábua de engomar, brancas, castanhas... é como dizia o ditado: Tudo o que vier à rede é peixe. Neste caso carne. Tudo menos pescadinhas de rabo na boca e lulas. Porque no fundo no fundo eu é mais gajas.

sábado, janeiro 02, 2010

ENTRANHADO NA PELE

As palavras dizem sempre tudo aquilo que quisermos. Elas ajudam-nos, destroem-nos, são ternas e falsas, elogiam, mentem. Ano novo... vida nova... felicidade... paz..., palavras apenas. Mas como ser feliz quando existem memórias que não nos largam, que nos perseguem dia após dia e que passam connosco de um ano para o outro. Como fugir do que está entranhado na pele, do que faz parte de nós? Como fugir da felicidade dos outros? Para o ano... qual? A verdade é que não sei viver contigo no meu pensamento e tão longe das minhas mãos.