quinta-feira, outubro 30, 2008

A CAUSA DA VIOLÊNCIA

Tenho assistido ao longo dos últimos anos e, com alguma preocupação, a uns quantos comentários de uns iluminados sobre algumas das causas do crescendo da violência nos nossos dias. Preocupação pela facilidade com que se empolam certas situações, numa cruzada pelo catolicismo ou por uma notoriedade gratuíta que quase chega a dar vontade de rir, não fosse tão preocupante. Recordo-me perfeitamente do choque que foi para as imaculadas e todas poderosas altas esferas do Vaticano o tema Like A Prayer e o respectivo vídeo de Madonna, como as ridiculas tentativas de silenciar O Código Da Vinci, como se a "verdade" que nos é incutída desde tenra idade possa ser afinal um aglomerado de mitos frágeis nos seus alicerces. Dizem - os entendidos - que a televisão, hoje em dia, incita à violência e ao sexo, que os filmes são demasiado agressivos e até a animação infantil tem violência em excesso, que depois é transposta do ecrã para a vida real pelos jovens. Quando eu tinha os meus 10/12 anos, também havia armas na televisão, havia cowboys e índios, piratas, filmes de capa e espada. Não me tornei uma pessoa violenta. Pelo menos, não mais do que o normal.



É fácil procurar explicações, como se todas as pessoas fossem iguais e as suas atitudes e motivações fossem para toda a gente as mesmas. Mais recentemente, houve uma polémica sobre uma das capas do filme Procurado, uma vez mais pelo incitamento à violência. Nestes últimos dias, o julgamento do Comité Anti-Violência britânico incidiu sobre uma foto da cantora Katy Perry - que era para ser capa do seu novo disco -, em que ela surge com uma faca na mão. Em causa está o crescente número de crimes praticados com facas entre os adolescentes. Inclusivé, o pai de uma menina que foi esfaqueada disse: "alguns jovens podem vê-la com a faca e querer ter uma também". OK, meus senhores, acabem com as telenovelas, os filmes e os noticiários e passem novamente os episódios da Heidi e da Casa na Pradaria.



Por último, nesta última semana, também um jogador do Arsenal de Inglaterra foi critícado, mesmo na pessoa do seu treinador, por ter sido fotografado - na rua - a fumar. Arséne Wenger considerou que o seu jogador agiu mal, pois como figura pública tem responsabilidades. Ainda no país de sua majestade, um outro treinador, ao saber que um jogador da sua equipa tinha sido apanhado a horas impróprias a saír de uma casa de striptease, apenas disse que lamentava já não ter a idade do atleta em causa, pois ter-lhe-ía feito companhia. Pessoalmente, concordo que se critiquem certas situações em que a violência ou certas cenas de menor decoro sejam evitáveis, preterindo-se o sensacionalismo e a vulgaridade ordinária, mas daí a empolar e a extremizar determinadas atitudes, como se os jovens de hoje não tivessem opinião própria, e fossem todos como um bando de carneiros fácilmente influenciáveis pelos media ou pelos seus ídolos é não só descabído como falso.

SABIA QUE...

Incrível mas verdadeiro! Em Miyazaki, no Japão, uma professora de piano, de 43 anos, poderá ser presa, por deletar o perfil do ex-marido virtual num jogo online. Inconformada com o divórcio que a sua personagem sofreu no simulador MapleStory, a mulher invadiu a conta do homem, de 33 anos e apagou o seu alter-ego, segundo o site da BBC. A mulher será indiciada por acesso ilegal a um computador e manipulação de dados. Caso seja condenada, a "homícida virtual" poderá apanhar até cinco anos de prisão.

terça-feira, outubro 14, 2008

SABIA QUE...



Reece Fleming, natural de Derby, em Inglaterra, é pouco mais que um mero desconhecido para a maioria das pessoas. A sua história, infelizmente curta, foi suficiente para levantar algumas questões pertinentes, a primeira das quais a prova conclusiva de como hoje os casamentos são vistos de uma forma quase futil e resultantes de um desejo muitas vezes intempestivo de que muitos se arrependem depois. Toda a gente se casa hoje - menos os gays - e raramente o fazem "até que a morte os separe".
Reece tinha apenas oito anos e sofria de leucemia desde os quatro. Devia haver uma lei que proíbisse os nossos filhos de morrerem primeiro do que nós. Mas ainda não expliquei onde é que a tragédia que se abateu sobre esta criança e a sua família se relaciona com o matrimónio. O facto deu-se quando, após os médicos terem-lhe diagnosticado que teria pouco tempo de vida, Reece quis realizar um último desejo: casar com Elleanor Purgslove, uma colega da escola. Felizmente para os pais de Reece, o miúdo não devia ver muita televisão, doutra forma nunca teria escolhido Elleanor, que apenas poderia ser vista com bons olhos numa perspectiva de investimento para o futuro, que era exactamente o que Reece não tinha.


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- "Quando soubemos, tentamos fazer tudo aquilo que ele queria, esforçamo-nos para realizar todos os seus desejos antes de nos deixar", argumentou a sua mãe. Até que ponto devem os pais fazer todas as vontades dos filhos? Assim, o miúdo pediu a mão da sua colega de escola, que surpreendentemente aceitou. Houve festa, alianças, altar, registro e até passeio de limusine e, ao que parece, o casamento terá ficado por aí, até porque a cerimónia não teve - obviamente - qualquer valor legal, fora o seu significado puramente emotivo do realizar de uma última vontade.



- "Agora posso morrer feliz", disse Reece ao final do dia. No dia seguinte sua mãe encontrou o corpo gélido na cama, na face uma expressão de serenidade e paz. Que se saiba, e, segundo o Lado B apurou, Elleanor não teve qualquer responsabilidade na fatalidade do seu "marido", logo após a primeira noite como casados.
Apesar de sentir o drama de uma doença que me merece o maior respeito, é difícil ser mais sério quando se brinca com valores e uma instituição como o casamento, ainda por cima com a estranha e quase macabra conivência dos pais das duas crianças envolvidas. E se ele tivesse pedido algo diferente, mais difícil ainda de concretizar? O amor não pode nunca ser um mero capricho, uma última vontade, uma opção. O amor é a essência, a razão sem qualquer razão aparente, o nada e todavia tudo, a luz interior, o brilho que ilumina a noite e nos mostra o rumo como um farol num denso nevoeiro.

terça-feira, outubro 07, 2008

COMO VÃO OS SEUS ORGASMOS?

Como vai o seu prazer sexual? Se considera que as suas perfomances estão entre a média portuguesa, então não se iluda. O melhor mesmo é continuar praticando, pois segundo a Sexual Wellbeing Global Survey (Pesquisa de Bem-Estar Sexual Global), são os habitantes da África do Sul quem têm mais orgasmos no mundo. Pois, quem havia de ser? Ainda de acordo com a mesma fonte, 66% de pessoas daquela parte do globo tiveram orgasmos quase todas as vezes que fizeram sexo - ah campeões! -, um número alcançado ainda por espanhóis, mexicanos e italianos, todos à frente dos brasileiros, com uns surpreendentes 65% de pessoas indicando que sempre ou quse sempre alcançam o climax. Será que as respostas foram confirmadas pelo polígrafo?
No entanto, os resultados obtidos pelos africanos são quase da inteira responsabilidade dos homens, com 83% a responderem que chegam sempre ao orgasmo, enquanto que só um pouco menos da metade das mulheres consegue lá chegar. Qual será a percentagem das que fingem o dito cujo? Na outra extremidade da lista, são os chineses e os japoneses os que têm, aparentemente, menor probabilidade de alcançar o orgasmo. Apenas um em cada quatro o atinge. Dá que pensar! Será que por mais que nos julguemos uns campeões ou umas verdadeiras lástimas, às nossas perfomances sexuais estarão inerentes factores genéticos ou geográficos? Entretanto, e segundo estes dados puramente estatísticos, o melhor é mesmo desconfiar de cada vez que obtiver um "sim" à eterna questão: "Foi bom para ti?"