segunda-feira, março 23, 2009

PAIS & FILHOS

Continuo a surpreender-me - já nem sei porquê - com as atitudes de alguns (maioria) dos membros da igreja católica. Desta vez, a razão da minha revolta veio do Brasil, mais precisamente de Pernambuco, onde à umas semanas atrás o arcebispo D. José Cardoso Sobrinho condenou a interrupção da gravidez (de gémeos) de uma menina de 9 anos, que tinha sido violada pelo padrasto. Segundo D. José (este não Policarpo), os responsáveis pelo aborto estão excomungados pela igreja católica. Ao que parece, a continuação da gravidez iria colocar a vida da criança em risco. É já um facto comprovado: a igreja católica parou no tempo. Porquê condenar a vítima de uma violação e os médicos que acabam por salvar-lhe a vida, sem uma palavra contra o monstro que teve a coragem de estuprar uma criança de 9 anos? Com que direito e em nome de quem, pode alguém excomungar outra pessoa, quando segundo o pouco que sei de catolicismo, Ele diz que devemos perdoar e dar a outra face? Mas as atitudes da Igreja, o medo revelado perante um crescente desinteresse pelas coisas da alma, revela tudo menos bondade e perdão, numa atitude que se revela desde o tempo das Cruzadas. Esquecem-se de quantos e quantos membros da Igreja, católica ou não, têm sido apanhados em polémicas mediáticas, nas quais se incluem inclusivamente casos de pedófilia? Não crítico com isto a instituição, mas alguns - muitos - dos seus membros, como em muitas outras instituições sérias que conheço, e onde se incluem boas e más pessoas, humanos como eu ou o (a) leitor (a) deste comentário, susceptíveis do bem e do mal, passíveis de amar ou de pecar.

terça-feira, março 17, 2009

ANJOS & DEMÓNIOS

MASCULINO vs FEMININO

(porque há mais diferenças do que aquelas que está a imaginar agora)


Deus: criador do Universo
Deusa: ser mitológico de culturas pagãs, supersticiosas, obsoletas e esquecidas.

Patrimônio: conjunto de bens, fortuna.
Matrimônio: conjunto de males, infortúnio.

Herói: ídolo.
Heroína: droga.

Pistoleiro: matador, assassino.
Pistoleira: puta.

Vizinho: morador local.
Vizinha: fofoqueira e enxerida.

Pai: provedor da família.
Mãe: gastadora da família (geralmente com roupas).

Bicho: insecto, verme insolente.
Bicha: veado, gay, maricas.

Barato: mercadoria de baixo preço, bom negócio, sensacional.
Barata: insecto que gosta de ambientes sujos.

Sacerdote: religioso.
Sacerdotisa: puta.

Diabo: demónio, coisa-ruim.
Diaba: mulher com fogo no rabo.

Burro: Animal da família dos cavalos
Burra: idiota.

Tigre: maior felino do mundo.
Tigresa: mulher brava.

Viciado: que tem vício por drogas.
Viciada: que tem vício por drogas e sexo.

Galo: ave conhecida pelo seu canto
Galinha: puta.

Cafeteiro: que faz café, dono de uma cafeteria.
Cafetina: que faz sexo, dona de um bordel.

Dono: que possui algo.
Dona: mulher comum, vulgar, puta.

Tesouro: fortuna pirata dentro de um baú enterrado numa ilha deserta.
Tesoura: objecto cortante.

Senhor: pronome de tratamento para um homem respeitável.
Senhora: velha, esclerosada, enxerida e fofoqueira

Atrevido: ousado, valente.
Atrevida: mulher vulgar, puta.

Cavalo: homem com membro sexual grande.
Égua: puta.

Sogro: segundo pai.
Sogra: bruxa.

Machista: macho.
Feminista: mulher feia, desinteressante.

Cão: o melhor amigo do homem.
Cadela: puta.

Aventureiro: Ousado, valente.
Aventureira: Puta.

Ambicioso: visionário, enérgico, com objectivos.
Ambiciosa: puta.

Vagabundo: homem que possui grande quantidade de tempo livre.
Vagabunda: puta.

Um qualquer: vulgar.
Uma qualquer: puta.

Touro: forte, vigoroso.
Vaca: puta.

Homem público: personagem proeminente ou funcionário público.
Mulher pública: puta.

Homem da vida: de grande experiência.
Mulher da vida: puta.

Lula e Bush: políticos .
As mães deles: putas.

Ele: 3ª pessoa do singular
Mãe dele: Puta.

Puto: miudo, criança.
Puta: puta.

segunda-feira, março 09, 2009

GRAN TORINO


Gran Torino é para já, e na minha opinião, um dos filmes mais injustiçados da última sessão dos Óscares da Academia. De e com Clint Eastwood, a quem na mais recente Premiere chamam de génio, num papel à medida da sua imagem mística do grande actor que é.



Ao ver Clint como Walt Kowalski, um homem frio e amargo, perseguido pelos traumas da guerra da Coreia, é impossível não nos recordarmos - para a minha geração e anteriores - de um implacável Dirty Harry, tantos anos volvidos desde que interpretou esta personagem pela última vez.

Gran Torino fala de ódio, de ressentimentos e de racismo, de vida e morte, mas também de esperança. É um drama, mas visto de uma forma leve, irónica por vezes, ao abordar temas como o choque de culturas e a aceitação de diferenças tão vincantes em pessoas que, no fundo, pouco se distinguem de nós, que riem e choram, têm dúvidas, amam e ambicionam a pouco mais que uma vida feliz.

domingo, março 08, 2009

PORQUE HOJE É DOMINGO!...


Claro que não vou especificar aqui todas as razões que tenho para ser contra um dia consagrado à mulher, já que corria o risco de ser mal-interpretado e, desde já, perder toda e qualquer esperança em relação a um hipotético futuro relacionamento com o sexo oposto. Oposto, não fraco, já que se fossem os homens a engravidar e a terem de aguentar com a menstruação, há muito que a espécie humana estava extinta. Mais a sério, esta minha tomada de posição - que não é sinónimo de inveja, só porque as mulheres têm um dia para elas - já me valeu ser censurado num outro blogue, por exprimir a minha opinião. Será que as mulheres, que todos os dias "gritam" bem alto pela igualdade de direitos, não se aperceberam ainda da desigualdade que é terem um dia a elas dedicado? É, para mim, como se tivesse de haver uma ocasião especial para nos lembrarmos delas, como o Natal, os pais ou os avós. Nós, homens, não temos essas "frescuras". Todos os dias são Dia do Homem. Aliás, o Dia da Mulher tem um conotativo machista, como se a elas fosse concedida tão especial graça. Sim, vamos dar-vos um dia, pois então! Nesse dia poderão descansar que nós, homens, trataremos de tudo. Sim, um dia num ano, nada mais justo. Não terá sido certamente assim, mas bem poderia este dia ter sido gerado da cabeça de um homem, no intuito de, desconsiderando a condição feminina, subestimando a sua capacidade intelectual e desprezando os seus direitos de igualdade receber uma noite inesquecível somente em troca de um ramo de flores e um jantar à luz das velas. Mulheres, vocês valorizam-se tão pouco? E a partir da meia noite? Sim, é o regresso às panelas, às fraldas dos filhos, ao balde e à esfregona, em troca de quê? Suspirando para que o tempo passe mais depressa? Porque nos outros 364 dias, muitos desses homens que hoje se mostraram delicados, perfeitos cavalheiros, não vos trarão flores, não vos levarão a jantar fora. Porque para muitas das mulheres, esses dias, semanas, meses que faltam até ao próximo ano, apenas servirão para fazerem parte da estatística das mulheres vítimas de violência e de maus tratos familiares, que infelizmente ainda abundam neste país dito democrático e emancipado. Para mim, que respeito as mulheres, os velhos e as crianças, como seres humanos que são, o Dia da Mulher são todos os dias, não apenas hoje. E qualquer dia, qualquer motivo é bom para oferecer um agrado, um presente, um jantar mais especial. Será isso errado ou censurável?

LUTA


Estou vivo, mesmo que ainda esbracejando no meio da tempestade e sem terra à vista, mas continuo na luta. Isto a propósito de alguns dias de costas voltadas para o que a este blogue diz respeito. Não culpo a falta de disponibilidade, de assunto ou de motivação, mas a vida é muito mais do que este enorme espaço de convivência em que parece que nada de mal nos pode atingir. De vez em quando todos parecemos ter uma certa apetência para o sado-masoquismo e então saímos até lá fora, a ver se alguma palavra (porque doem mais que as pedras) nos atinge. Por vezes é preciso sangrarmos para nos apercebermos de que estamos vivos. Alguém me disse um dia destes para que não desistisse. Pois é isso que tenciono fazer, mesmo que as ondas pareçam maiores do que realmente são e que a vida nos surja tantas vezes como um inultrapassável Adamastor, continuo a lutar contra essa maré de adversidades tantas vezes criadas por nós mesmos e que nos faz enfrentar moinhos de vento como se fossem grandes e intransponíveis obstáculos.