quarta-feira, novembro 28, 2007

TUDO PARECE MAIS ESCURO HOJE

Lembras-te? Eu lembro-me
dos dias felizes de ontem
em que a razão era um conceito abstracto
e por qualquer razão que fosse
estava sempre do nosso lado.
Lembras-te? Lembro-me eu,
mas hoje a razão é um travo triste e amargo,
soturno como o tempo, cinzento.
Tudo parece mais escuro hoje
só qu'eu sei que não é assim,
qu'esta não é senão a maneira
qu'os meus olhos descobriram
d'exprimir a falta dos teus,
o vazio irracional da tua ausência.

terça-feira, novembro 27, 2007

DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA

Senta-te ao Sol, abdica e sê Rei de ti próprio!

PENSAMENTO DO DIA

"O tormento de amar profundamente pode muitas vezes ultrapassar a alegria... e uma pessoa pode entregar-se à dor com tanto abandono como à felicidade",

A.J.Cronin in "O Cativeiro da Verdade"

D.FERNANDO II E GLÓRIA EM CACILHAS

Chegou finalmente a Cacilhas a Fragata "D.Fernando II e Glória", "o último grande navio à vela da Marinha Portuguesa e também a última "Nau" a fazer a chamada "Carreira da Índia" – verdadeira linha militar regular que, desde o século XVI e durante mais de 3 séculos, fez a ligação entre Portugal e aquela antiga colónia – foi o último grande navio que os estaleiros do antigo Arsenal Real de Marinha de Damão construíram para a nossa Marinha.
A Fragata recebeu o nome de "D.Fernando II e Glória", não só em homenagem a D.Fernando Saxe Coburgo Gota, marido da Rainha D.Maria II, mas também por ter sido entregue à protecção de Nossa Senhora da Glória, de especial devoção entre os goeses.

A viagem inaugural, de Goa para Lisboa, teve lugar em 1845, com largada em 2 de Fevereiro e chegada ao Tejo, em 4 de Julho. Desde então, foi utilizada em missões de vários tipos até Setembro de 1865, data em que substituiu a Nau Vasco da Gama, como Escola de Artilharia, tendo ainda, em 1878, efectuado uma viagem de instrução de Guarda-Marinhas aos Açores, que foi a sua última missão no mar, onde teve a oportunidade de salvar a tripulação da barca americana "Laurence Boston" que se incendiara. De entre as missões que lhe foram confiadas, destacam-se a participação como navio-chefe de uma força naval na ocupação de Ambriz, em Angola, que em 1855 se revoltara por instigação da Inglaterra, e, ainda, a colaboração na colonização de Huíla em que, como navio de guerra, teve a insólita e curiosa missão de transportar ovelhas, cavalos e éguas do Cabo da Boa Esperança para Moçamedes (Angola), numa real missão de serviço público. Colaborou, ainda, com o grande sertanejo António Silva Porto, transportando, em 1855, os seus 13 pombeiros da ilha de Moçambique para Benguela, depois destes terem completado a travessia de África, de Benguela à costa de Moçambique.
Em 1889 sofreu profundas alterações para melhor servir como Escola de Artilharia Naval, substituindo-se a antiga e airosa mastreação por três deselegantes mastros inteiriços, com vergas de sinais e construindo-se dois redutos a cada bordo para colocação de peças de artilharia modernas, para instrução, utilização que cessou em 1938.


Em 1940, não estando já em condições de ser utilizada pela Marinha, iniciou uma nova fase da sua vida, passando a servir como sede da "Obra Social da Fragata D.Fernando", criada para recolher rapazes oriundos de famílias de fracos recursos económicos, que ali recebiam instrução escolar e treino de marinharia, até que, em 1963, um violento incêndio a destruiu em grande parte".


A partir de ontem, esta fragata, prova viva da nossa História, está na antiga doca da Parry & Son, em Cacilhas, ainda em fase de reparações, para dentro de pouco tempo poder ser visitada pelo público. Adivinham-se novos tempos para a nossa cidade, que, a par da Fragata e do metro à superficie, verá ainda o regresso do antigo Farol de Cacilhas ao Largo, onde será também construída uma réplica do antigo e popular chafariz. Enquanto isso não acontece, a Fragata estará em Cacilhas, para todos aqueles que queiram tirar umas fotografias ou simplesmente observar de perto um dos últimos marcos vivos da nossa História.





segunda-feira, novembro 26, 2007

CAVALEIROS, PRINCESAS E DRAGÕES

Na cena final de Um Sonho de Mulher, o personagem interpretado por Richard Gere consegue vencer o seu medo das alturas, indo ao encontro da personagem de Julia Roberts, num sacríficio que é visto por todos que se deixaram encantar por este filme como uma prova de amor. Será que só nos filmes conseguimos derrotar os nossos próprios dragões?

domingo, novembro 25, 2007

MOMENTOS ESPECIAIS

sexta-feira, novembro 23, 2007

O AMOR É FODIDO

"Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem que haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo".

Miguel Esteves Cardoso - "O Amor é Fodido"

O LADO B DA VIDA FAZ ANOS

terça-feira, novembro 20, 2007

POSSO IR TER CONTIGO?

Estava eu sentado na casa de banho, fazendo as minhas necessidades, quando ouço:
"Olá, tudo bem?"
Não é que goste muito de conversas nestes momentos... muito menos não sabendo quem se encontra do outro lado, mas não sendo indelicado... Respondi:
"Estou óptimo!"
E o outro pergunta:
"O que é que estás a fazer?"
Mas que pergunta mais sem lógica. Achei até um pouco bizarro, mas respondi:
"Então. Acho que o mesmo que tu..."
Agora que estava a chegar ao ponto alto da situação... oiço:
"Posso ir ter contigo?"
OK, esta ja foi demais, mas não querendo ser mal educado. Respondi:
"Não... Neste momento estou muito ocupado...
"Então oiço-o responder:
"Olha... eu ligo-te mais tarde, porque tenho um idiota sentado aqui ao lado, que cada vez que eu falo, ele responde..."

PIADA DE LOIRAS

Uma loira está no carro com o namorado num namoro desenfreado. Beijo puxa beijo e ás tantas...
- Não queres ir para o banco de trás? (diz ele em visível sofreguidão)
- Para o banco de trás? Não.
Bom, o namoro lá continua, mais beijo, mais festa, mais aperto, mais amasso e...
- Não queres mesmo ir para o banco de trás? (diz ele ainda com mais vontade)
- Não, não quero.
O pobre rapaz já meio desnorteado, lá continua no beija-beija, esfrega-esfrega até que...
- Vá lá! Tens a certeza de que não queres ir para o banco de trás? (já desesperado).
- Mas que coisa! Já te disse que não! Claro que não!
- (desesperadíssimo) Então, mas porquê?
- Porque prefiro ficar aqui ao pé de ti!

CARTA DE UMA MULHER DESESPERADA

segunda-feira, novembro 19, 2007

INVERNO DE MIM

Se é verdade que o Tempo é capaz de alterar o nosso estado de espírito, fazendo-nos sentir mais alegres ou tristes conforme faça chuva ou Sol, parece-me que a nossa alegria ou tristeza tem também o condão de alterar o Tempo, que desde ontem tem vindo a tornar-se gradualmente sombrio, até à chuva e trovoadas que têm marcado este dia. Sinto-me especial, como diria o José, tão especial ao ponto de São Pedro me dedicar o dia de hoje, como quem faz uma banda sonora para qualquer filme. A minha música é a da chuva caíndo sobre o ladrilho dos passeios, das gotas de água deslizando pelas janelas ou sobre as chapas do meu quintal, onde a humidade invade o chão e os muros envelhecidos pela erosão da idade. A minha música é ainda a da força dos trovões como um rufar de tambores anunciando tragédia e medo pelo desconhecido. Lágrimas e dor são minha chuva e trovoada, que eu tento disfarçar com o mesmo humor com que um palhaço apresenta o seu número no dia em que a tragédia lhe bateu à porta. A Vida é um espectáculo que não deve parar. É por isso que, apesar do temporal de hoje, o Sol voltará a sorrir. É essa a magia da vida, capaz de dar-nos momentos de infíma alegria ou de profunda tristeza, em momentos tão inesperados ou tão próximos, como dias, horas ou segundos. Sei que depois de cada tempestade virá uma nova bonança, mas os estragos causados pela chuva intensa serão certamente difíceis, ou mesmo impossíveis de apagar.

TÁ ESCURO AQUI, NÃO TÁ?

Certo dia o marido chega a casa e o amante ainda lá está. Então ela tranca o amante no armário onde estava o filho.Ficaram lá um bocado, até que o miúdo diz:
- Tá escuro aqui, não tá?
- É, está.
- Eu tenho uma bola de baseball.
- Que giro!
- Queres comprar?
- Não!
- O meu pai está lá fora!
- Quanto é que queres pela bola?
- 50 €.
- Toma.
Uma semana depois, o marido torna a chegar cedo. O amante está em casa. O miúdo está no armário. O amante vai para o armário. Eles lá ficam em silêncio até que o miúdo diz:
- Tá escuro aqui, não tá?
- É, está.
- Eu tenho uma luva de baseball.
- Que bom.
- Queres comprar?O homem lembra-se da outra semana...
- Claro, quanto é?
- 100 €.
- Aqui está.
No fim-de-semana o pai chama o filho:
- Pega na bola e na luva e vamos jogar.
- Não posso. Vendi tudo.
- Vendeste? Por quanto?
- 150 €.
- Não podes enganar os teus amigos assim. Vou levar-te agora ao padre para te confessares.
Chegando à igreja, o miúdo entra pela portinha, ajoelha-se e fecha a portinha. Abre-se uma janelinha e aparece o padre.
- Meu filho, não temas a Deus, diz e Ele perdoar-te-á. Qual é o teu pecado?
- Tá escuro aqui, não tá?
- Não vais começar com essa merda outra vez!!!

sexta-feira, novembro 09, 2007

MUDAM-SE OS TEMPOS...

Tenho passado muito menos tempo ao computador. Deitei bastante tralha informática fora e estou agora com bastante mais espaço para instalar coisas mais importantes: como jogos para os meus dois sobrinhos. Há uma altura na vida em que descobrimos que o que era importante até então deixou de o ser e parece que essa altura, para mim, chegou agora. Mas isso é outro assunto de que falarei mais pormenorizadamente, quando o entender apropriado. Neste momento, posso apenas dizer-vos que estou feliz, como há muito não me sentia. O fundamento inicial deste espaço era o de ser um escape, um porto de abrigo relativamente a uma solidão à qual estava a adaptar-me relativamente bem. Estar convosco foi aliciante, desde chatear-vos com as minhas opiniões, partilhar os meus gostos como se vos pudessem interessar, escolher cuidadosamente o que poderia ou não postar, com medo de ferir susceptibilidades. Hoje a vida não é apenas e só estar em frente ao computador, apesar do vício do FM. Ao contrário do que cheguei a considerar, não pretendo encerrar este espaço. Não agora. Talvez lhe dedique menos tempo, talvez mude um pouco o seu conteúdo. Aos 38, quase 39, a vida continua a ensinar-me coisas novas. Coisas que eu já não julgava ser possível, desde que passei os meus 20 e poucos anos. É essa a idade que eu tenho agora, aquela com que me sinto, apesar de saber que é mentira. O Tempo não passou tão rápido como eu pensava, que seria agora impossível resgatá-lo. Há uma vida lá fora, para ser vivida e eu quero fazer parte dela. Está cheia de obstáculos como imaginários e dantescos Adamastores, mas agora tenho porque lutar e sei que vou derrotar todos esses dragões que temos dentro de nós e resgatar essa esperança perdida no branquear dos cabelos a que alguns chamam utupia e eu Felicidade.

NO REINO DO ABSURDO

Tenho tentado evitar comentar sobre todo este caso em volta do desaparecimento da pequena Maddie. O que a príncipio me chocou e levou a tomar o partido dos pais com tanto afinco, rápidamente se modificou, à medida que as investigações conheciam inesperados avanços e recuos.
Primeiro foram os depoimentos contraditórios dos pais, como mais tarde dos próprios amigos dentro do grupo de britânicos com que geralmente passavam os seus dias e, especialmente, as noites.
Fiquei ainda do lado deles quando a imprensa os quis culpabilizar por negligência, quando o que mais interessava era procurar saber do paradeiro da menina. Já agora, Maddie esteve mesmo em Portugal? Quem a viu? Há fotografias de férias tiradas em Portugal?

Só que tudo isso foi antes de Kate tentar justificar o injustificável em mais do que uma situação que, no caso de ser cidadã portuguesa, teria levado a polícia nacional a agir de imediato e sem contemplações. O odor a cadáver no peluche nunca poderia ser causado pelo contacto profissional de Kate, onde, pelas suas palavras, lidava com cadáveres. Ninguém, a trabalhar, vai ver um morto, levando um boneco de peluche.

Hoje, depois da fuga em directo, de ver a Igreja Católica renunciar ao apoio que lhes dera inicialmente e de ter ouvido dizer que pretendem pedir uma indeminização indecorosa devido à polícia portuguesa não ter conseguido encontrar a pequena Maddie, fico quase sem palavras, com um nó enorme no estômago, revoltado. O dinheiro com que tantos contribuíram para os ajudar a encontrar a filha está a acabar, apesar de tantas vezes terem dito que não iriam usá-lo. Certamente, ao pedir esta indeminização, não estão a pensar na filha. Será que no final de tudo, depois de tantas evidências, ainda vai ser a polícia portuguesa a culpada pela negligência dos pais? E já agora, quanto terá a polícia de pagar à mãe do Rui Pedro?

sexta-feira, novembro 02, 2007

EVASÕES (Juliette Binoche)

A belíssima e talentosa actriz francesa Juliette Binoche é, neste mês de Novembro, capa da edição francesa da revista Playboy, demonstrando que a beleza não tem idade.

quinta-feira, novembro 01, 2007

MOMENTOS ESPECIAIS

SEJA FELIZ



Não deixe a vida fugir, enquanto arranja mil e uma desculpas, para não fazer ou adiar aquilo que tem de ser feito. O Tempo não espera, e quanto mais você corre - quase sempre na direcção errada - tentando fazer tudo no mínimo de tempo possível, menos este lhe sobra para as coisas que são verdadeiramente importantes. Quando der por isso, poderá ser tarde, verificará que a vida lhe fugiu das mãos como pequeninos grãos de areia, sem ter chegado a viver todos aqueles momentos com que sempre sonhou. Não faça esperar aqueles que o (a) amam. Seja feliz fazendo os outros felizes!

FESTA DE NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO 2007