quinta-feira, maio 04, 2006

DOCE PESADELO

Se soubesses como odeio odiar-te

depois da infâmia desse doce pesadelo

onde por breves instantes te propuseste

dar-me abrigo nas asas duma fantasia minha.

Se soubesses quantas vezes fiquei eu preso

no desejo fútil de um poema, mãos atadas

na ânsia premente de corpos ausentes

e palavras sempre inconsequentes.

Se soubesses, mas não sabes!

Nunca quiseste sequer saber...

dum coração que quase foi teu,

duma amizade que deixaste caír no chão

... e se perdeu.

para P.

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