terça-feira, janeiro 13, 2009

CAMPEÕES


Venho demonstrar por este meio a minha intolerância - podem chamar de mau feitio - contra muitos dos passageiros do novo metro à superfície na cidade de Almada. É que, à boa maneira portuguesa e, com especial incidência entre os mais jovens (a maioria alunos das escolas), quando entram nas carruagens, raramente validam qualquer tipo de transporte válido para o efeito. Existe a concepção em muita gente - não só de agora - que por infringirmos seja o que for, somos vistos como os maiores, junto dos nossos "amigos". É-se cool por roubarmos qualquer coisa de um supermercado ou de uma estação de serviço, por batermos nos miúdos mais novos ou por arrotarmos em alto e bom som em plena via pública ou soltarmos impropérios elucidativos da nossa clarividente falta de educação. Pois de cada vez que entro no referido metro, lá aparecem uns engraçadinhos a fingirem que validam qualquer bilhete ou simplesmente ignorando essa obrigação enquanto utentes, enquanto se riem de tamanhas façanhas. Pergunto-me: será que é esta gente que vai pagar a minha reforma? Começo a ficar preocupado.

4 comentários:

lumadian disse...

É aquilo a que eu chamo "putos estúpidos". Falavam mal da minha geração, mas esta sim, é uma geração "rasca", calças pelo joelho a mostrar o rabo, cabelos de "mitra" e mal educados. Em boa parte a culpa é dos papás que mal falam com os filhos e dessas séries televisivas que não tem nada que se aproveite!

Anónimo disse...

Infelizmente não são só os jovens a andarem á borla no Metro... já vi pessoas bem adultas a fazerem o mesmo e a ensinrem os filhos de qual a melhor maneira de o fazerem... Por incrivel que pareça a resposta que levei foi: pagas porque queres, eles têm muito... è vergonhoso mesmo que ainda existam pessoas assim...

Anónimo disse...

típico conversa de quem já foi fiscal! Os ricos que paguem a crise!

Miguel disse...

Infelizmente, não são só os ricos que têm de pagar a crise. As empresas têm funcionários que dependem da saúde financeira das empresas e os funcionários têm famílias, pais, mães e filhos que dependem do seu trabalho. É este o exemplo que queremos dar aos nossos filhos, que andar à borla ou fazer pouco de quem trabalha é que é certo? Nem todos os ricos são culpados da situação precária dos pobres.