quarta-feira, julho 12, 2006

5 - SACUDINDO AS TEIAS DE ARANHA

14.30, para quem conhece a Marinha Grande só pelas fábricas do vidro, não sabe o que está a perder. Uma grande parte da população, entre os 8 e os 80 desloca-se para todo o lado de bicicleta, as senhoras de alguma idade levando no braço o inseparável saco das compras. Depois, há as infra-estruturas criadas para um melhor âmbiente, desde os percursos apropriados para os ciclistas como ainda a quantidade e qualidade dos espaços verdes e de lazer. Fiquei com vontade de conhecer melhor aquela zona, roído de inveja, quando confrontado com a popuição e os maus hábitos de higiéne das pessoas das grandes cidades. Passamos então pelo Pinhal de Leiria, mais verde, imenso verde a perder de vista. A nossa guia brinda-nos com A Lenda da Fonte, numa voz suave e agradável. Chegamos à Praia de Paredes da Vitória, onde vários grupos de "Kamikazes" desafiam o frio, deitados na praia ou ousando um mergulho nas ondas que batem forte. E a sardinhada que é só às 16 horas. Mas vale a pena esperar: música ao vivo, bem popular e de repente parece que todos os idosos esqueceram as mazelas e foram todos dar um pezinho de dança, de um lado para o outro, largos sorrisos, sacudindo as teias de aranha. Por momentos senti-me o mais velho daquele recinto, só, no meio da multidão.

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