quinta-feira, dezembro 01, 2005

SEM TI

Sem ti sou um corpo cheio sem vazão,
um coração enfermo sem razão,
uma causa na gaveta esquecida,
um filho bastardo da desdita.
Sem ti sou um Che sem Cuba nem revolução
perdido à sorte p'las ditaduras da vida
como num beco escuro e sem saída,
um barco já sem remos, à deríva no mar
sem saber como amar, um velho tonto,
cansado, amargo, um ébrio céptico
nos braços duma ilusão, uma pedra
à toa p'lo chão
18ABR03

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