sexta-feira, maio 02, 2008

A LIBERDADE 34 ANOS DEPOIS DE ABRIL

No jornal A Bola de hoje li a seguinte notícia, que me deixou num misto de preocupado e incrédulo com o estado da Nação:
"Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura do Governo de Sócrates, diz que discorda do acordo ortográfico, mas também diz que vai votar sim porque o Governo, que é do partido do qual é deputada, assina-o por baixo. Com esta visão de liberdade partidária, em primeira instância perde-se a independência. E a seguir perde-se o quê?"
Será esta a liberdade porque tanta gente lutou? Ou será a dos trabalhadores que, por não quererem perder o dia de trabalho ou apenas por não concordarem com uma greve, são obrigados a não trabalharem porque os seus sindicatos assim o decretam ou, pior, por causa de uns quantos "colegas" que irão insultá-los ou ameaçá-los verbal e fisícamente caso persistam em não aderir à greve? Não é este, decididamente o meu conceito de liberdade. Esse é baseado no respeito, independentemente de concordarmos ou não com as opções de cada um, sejam de ordem laboral, partidária, sexual, racial, desportiva, religiosa... Por isso somos todos indíviduos antes de pertencermos a um grupo. É essa a nossa identidade, o nosso BI, como os portugueses não são iguais aos espanhóis apesar de sermos todos europeus. O que será de uma pessoa ou de um País, quando não puder pensar e agir segundo as suas próprias convicções?

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