segunda-feira, novembro 26, 2007

CAVALEIROS, PRINCESAS E DRAGÕES

Na cena final de Um Sonho de Mulher, o personagem interpretado por Richard Gere consegue vencer o seu medo das alturas, indo ao encontro da personagem de Julia Roberts, num sacríficio que é visto por todos que se deixaram encantar por este filme como uma prova de amor. Será que só nos filmes conseguimos derrotar os nossos próprios dragões?

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá! Estou a tentar traduzir (para os meus estudos) "O amor é fodido" para o finlandês e como não consigo perceber a ideia duma frase, pu-la no google e voilà! saiou o teu blog.

Peço-te, portanto, na função da cooperação internacional, ajuda na forma de me explicares a ideia ou da frase "tem de haver escombros". Compreendo as palavras mas não a ideia: É positiva ou negativa? Escombros como restos do amor ou algo que destruido e pelo tanto, fodido?

"O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisso. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais cedo ou mais tarde, por ser fodido. É melhor do que morrer. Há coisas, como o álcool e os livros, que continuam boas. A morte é mais aborrecida. Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo."

Obrigadão!

Miguel disse...

Antes de mais, obrigado pela visita, mesmo que acidental. Não seremos todos nós, que nos movemos neste mundo da internet, turistas acidentais? Adiante. A pergunta colocada é relevante, pois o seu significado no contexto em que está inserido não é totalmente explícito, como raramente deve ser. É essa uma das funções principais seja dos livros como dos filmes, fazer-nos pensar e questionar. Depois de ler e reler estas frases do Miguel Esteves Cardoso, imagino que o significado desses escombros seja positivo, pelo menos do seu ponto de vista pessoal, a partir do momento em que todo o amor - e não apenas o amor - não deve nunca caír num cómodo e pachorrento "já está!", em que damos a fase da conquista por garantida e deixamos de nos esforçar. Aí, o amor perde toda a sua graça e fundamento. Li uma vez uma frase dum autor que não recordo que dizia mais ou menos isto: "No amor, como na guerra, cumprir o dever nem sempre é suficiente". Se não procurássemos sempre a evolução, talvez o Homem não tivesse inventado a roda e daí por diante. Por que pede o poeta a lua, quando a sabe inatingivel? Seria feliz a pessoa que tivesse tudo? Acho que estão aí os escombros, como uma esperança disfarçada de insatisfação que nos obrigue à luta e à evolução... da mesma forma que a criança desmancha um puzzle acabado de completar, só para voltar a montá-lo. Talvez esta seja uma opinião mais pessoal do que do autor mas gosto de imaginá-la assim. Desculpa a resposta tão alongada, mas o tema é realmente aliciante e teve o condão de me fazer pensar, o que me leva a agradecer ainda mais a mensagem. Espero de alguma forma ter auxiliado.

lumadian disse...

Também eu quero vencer os dragões no sábado!
Ainda não percebi muito bem porque chamas sempre a obstáculos de dragões...