domingo, novembro 12, 2006

PORQUE HOJE É DOMINGO!...





Nem sempre é fácil ocupar este espaço de final de semana, seja por falta de tempo, por falta de assunto ou pura e simplesmente por mera calanzice. Não foi o que se passou hoje, em que só agora começo a escrever por não ter sido fácil escolher entre os vários assuntos de interesse - no meu ponto de vista - sobre os quais poderia dissertar e que deixarei certamente para outro dia. No pretérito dia 9, como foi largamente difundido em alguns meios de comunicação escritos ou visuais, 35 agentes da PSP de Almada, acompanhados de 10 inspectores do SEF (serviço de estrangeiros e fronteiras) cercaram o Cais do Ginjal, em Cacilhas e deteram 66 romenos (36 mulheres, 25 homens e 5 crianças) em situação ilegal, que aí viviam em deploráveis condições higiénicas. Após a sua detenção, foram notificados para abandonarem território nacional no prazo de 20 dias, sob pena de serem novamente detidas e conduzidas à fronteira.
A crise que assolou os países do leste europeu originou a que muitos dos natívos desses países debandasse a outras paragens mais promissoras em busca de um futuro que lhes permitisse o sustento dos seus familiares, como antes os portugueses fizeram, em França, na Alemanha, ou mesmo no Brasil. Os primeiros emigrantes de leste vieram dos países da antiga União Soviética ou sobreviventes de guerras como a da Bósnia. A maior parte desses homens e mulheres tinham estudos superiores nos seus países, eram doutores, engenheiros ou cientistas. Ao chegarem a Portugal, puseram de parte o seu currículo para pegarem em vassouras ou pás, literalmente usados e abusados por patrões sem escrúpulos. Pouco a pouco foram ganhando o respeito dos portugueses, pelo seu empenho, humildade e educação, começando a ocupar postos que antes lhes estavam vedados. Depois.... depois começaram a chegar os romenos, os primeiros louros, tez clara, olhos azuis, as mulheres de uma beleza típica, cativantes, trabalhadores como os seus antecessores. Recentemente chegaram mais, mestiços, os verdadeiros ciganos das histórias da nossa infância, com raízes na Roménia ou na Hungria. Na sua maioria ilegais, estes não gostam de trabalhar, têm um aspecto desleixado, raramente se lavam, andam descalços e sobrevivem duma mendicidade na maior parte das vezes organizada. Diz quem sabe que foram expulsos de Espanha, o que comprova o velho ditado de que "de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos". De um dia para o outro, estes imigrantes ilegais passaram a fazer parte forçada do nosso dia a dia, incomodando-nos com as suas ladaínhas pedindo esmola em cada esquina, mas sobretudo com o seu mau cheiro insuportável. Nos transportes, tentam de todas as formas escapar ao pagamento do bilhete, não respeitam quem trabalha e, quando obrigados a pagar pelo seu transporte, fazem-no com grandes quantidades de moedas pequenas e irritantes de 1 e 2 cêntimos, impregnadas de uma sujidade e odor prejudiciais à saúde daqueles que as recebem. Pessoalmente, as notícias veículadas nesse dia 9, encheram-me de esperança, fizeram-me acreditar novamente na eficácia das nossas forças da ordem. Por pouco tempo. Impedidos de ficar no Cais do Ginjal, esse grupo de romenos tem levado todo o seu "lixo", todas as manhãs e perante a passividade complacente das nossas forças da autoridade, para o seu novo lar, junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, de onde ninguém acredita que saiam nesse prazo de 20 dias, para abandonar este verdadeiro paraíso para quem faz da vadiagem e vilanagem o seu modo de vida. Doravante, o melhor mesmo é usar luvas, uma mola no nariz e ter cuidado, muito cuidado, com a carteira e com as nossas crianças.

1 comentário:

Anónimo disse...

pois é, por isso que eu digo que o Salazar faz cá muita falta. Corria com esses tipos num àpice!