Hoje faz nove anos o meu sobrinho mais velho, e, devido a essas guerras estúpidas e improfícuas, incompreensivelmente férteis entre os seres humanos, não pôde ver a sua família toda junta, porque outros valores continuam a sobrepôr-se àquele que mais devia interessar: a sua felicidade. Hoje consegui vê-lo, conjugando meia hora que deveria ser de refeição para poder estar com ele poucos minutos que fossem. Valeu a pena, como valerá sempre qualquer sacríficio que tenha de fazer por este ou pelo meu outro sobrinho. Fogem-me as lembranças para muito do que queria escrever e não devo, porque a altura não é de mágoas, e então amordaço vontades no silêncio de palavras que me parecem, por hora, mais sensatas, no desejo profundo de que, apesar de tudo e de todos, o meu sobrinho tenha hoje - e sempre - um dia feliz, indiferente ao ódio de quem não sabe ou não consegue amar. Eu amo-te muito, parabéns!
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1 comentário:
Costuma-se dizer que quando uma porta se fecha há uma janela que se abre, e o meu filho, apesar de ter tido a má sorte de ter a mãe que tem, teve a felicidade de ter o melhor tio que alguém pode ter.
Espero que o facto de estar com a mãe, ele nunca perca o sentimento que herdou da nossa familia, e que um dia te dê o reconhecimento que mereces.
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