quarta-feira, julho 19, 2006

PRANTO


São pedras a mais
é débil a carne,
o olhar grave
implora clemência,
o coração langue
bate leve, levemente
mas não choro;
Os rios estão turvos
a muralha é mole
e as palavras duras,
não dura a força
escasseia a ilusão
no sangue que lateja
que corre à toa
morrendo de vida;
o forte escarnece
o fraco padece
e não há perdão;
o sangue escoa
a vida esvai-se
o sonho puro acaba
no pranto seco
de um imenso nada.

Sem comentários: