HISTÓRIAS DE SOBREVIVENTES

Ouvi um destes dias uma história verídica sobre uma daquelas pessoas que escapam a uma tragédia por qualquer ironia do destino, como a do indivíduo com passaporte português que só não embarcou no vôo fatídico da semana passada por ter esse mesmo passaporte caducado. Aliás, a história tem a ver com esse mesmo desastre - afinal os objectos encontrados pela Força aérea brasileira não pertenciam ao avião supostamente sinistrado, mantendo o suspense e a dor de todos os familiares das vítimas. Mas em relação à história que motivou esta postagem, e que tem tanto de irónico como de estúpido, fala de um casal com dois filhos que, de cada vez que tinham de apanhar um avião, tomavam dois vôos separados (um pai e um filho em cada avião), para que, em caso de acidente (como sucedeu) sobrevivesse alguém da família. Calhou ao marido e a um dos filhos essa sorte (?). Quem sabe se não teria sido melhor terem ficado todos juntos, para o melhor ou para o pior; quem sabe não teriam apanhado todos o avião que não sofreu qualquer acidente; quem sabe... Penso eu, que de certeza, esta história em particular, não terá sido uma feliz história de sobrevivência para este pai e este filho. Mas isso sou eu a pensar.