terça-feira, setembro 15, 2009

O BAILARINO QUE QUERIA SER ACTOR

Patrick Swayze faleceu na noite de ontem, em Los Angeles. O actor de 57 anos, que protagonizou alguns dos grandes êxitos que marcaram a minha infância, como Point Break, Dirty Dancing, Ghost ou a série Norte e Sul, sofria desde o último ano e meio de cancro no pâncreas, doença que rapidamente o enfraqueceu, tornando-o quase irreconhecível. Patrick Swayze, sem ser na minha opinião um grande actor, possuía algo que uns chamarão de talento, outros de toque de Midas, tal a facilidade de transformar em êxito de bilheteira a maior parte dos filmes em que entrava. De uma geração que debutou com Os Marginais, que tinha no elenco alguns jovens aspirantes a estrelas, como C.Thomas Howell, Matt Dillon, Rob Lowe, Emilio Estevez ou Tom Cruise, Patrick aproveitou bem cada oportunidade que teve para deixar a sua marca na história do cinema. A sua obra e o seu carisma ficarão para sempre na memória daqueles que poderam acompanhar o actor forte e saudável dos tempos áureos, o dançarino provocante, o surfista destemido, o fantasma apaixonado, o herói romântico mesmo quando fazia papel de vilão, daqueles que não queremos que acabe mal. Acabou mal. A doença dominou-o rapidamente, transformando-o num completo fantasma daquilo que fora, uma sombra irreconhecível de alguém que um dia muitos quisemos ser e por quem muitas raparigas mais e menos jovens suspiraram. Não é esta última imagem que guardaremos, mas sim a do jovem bailarino que um dia quis ser estrela de Hollywood e até ganhou uma estrela no passeio da fama. A morte pode levar as pessoas da nossa companhia, mas nunca conseguirá apagar a memória daquilo que foram e fizeram.









2 comentários:

Alexandre Correia disse...

Olá Miguel,

Impressionante o que a doença faz connosco! Infelizmente, convivi de perto com a dureza do cancro irreversível, que em três meses arrumou o meu Pai, e agora volto a viver a mesma coisa com a minha Mãe. Felizmente, já aguentou mais, porque já se passaram mais de três meses. Tal como o "bailarino que queria ser actor" — o título define-o bem, parabéns! — também a minha Mãe não esconde o seu problema e enfrenta-o com uma enorme força de resistência. E não tenho dúvidas de que a vontade de viver é um dos melhores remédios para, precisamente, continuarmos a viver!

Um abraço,

Alexandre Correia

Ângela Jorge disse...

Eu perdi a minha avó de cancro da mama que lutou 8 anos contra a doença e acabou por falecer com 57 anos, 7 meses depois vi partir o meu avô, marido dela com 61 anos, também de cancro mas no esófago.
Sei bem o que é sofrer e acabar assim com tanta dor.
Mas também sei que se perdeu um grande actor e bailarino que era o Patrick Swayze