Hoje foi mais uma manhã de praia. Muito sol, vento moderado, até a água estava boa, quase tudo perfeito, menos a vizinhança. Já estava eu admirado por nenhuma bola me ter acertado ainda quando se instalou um grupo de jovens perto da minha toalha. Tudo bem, não sou nenhum eremita e a praia até é grande, há espaço para todos. Só que aos primeiros diálogos eloquentes da rapaziada deu para confirmar a minha teoria de que aquilo dos Morangos e do Rebelde Way é tudo encenado. Não sei se me estou a fazer entender, mas já viram como aquilo é tudo demasiado certinho? Claro que fazem umas tropelias, que desobedecem aos pais, contam umas mentirinhas e por vezes chegam a andar à porrada, mas puxa... eles raramente bebem, não fumam e nunca dizem asneiras. Eu também era assim quando andava na escola e o mais próximo que estive de ser popular era por ser betinho. A geração Morangos não! Eles conseguem ser perfeitos - mesmo com as calças a mostrar os rabinhos e a roupa interior, mas eles são populares, apesar de não beberem, não fumarem, nem praguejarem. Caros realizadores, se querem fazer um trabalho realista e sério, despachem esses betinhos, façam-os voltar para as suas casinhas de Cascais, porque a malta nova, aquela que vemos na rua, nas escolas, nas noitadas carregados de garrafas e enrolando ganzas, na praia... não têm nada a ver com os Morangos e muito menos com os RBl. Com um vocabulário bastante limitado, ele é Caralho para cá, Caralho para lá, Foda-se e tantas outras palavras que fazem de uma considerável parte dos exemplares desta geração um mau exemplo do futuro que nos espera. Por enquanto, e como não posso fazer muito mais, vou puxando a toalha mais para trás, em busca de um ar mais saudável e mais eloquente no vocabulário.
3 comentários:
Infelizmente, este comportamento das gerações mais novas é uma realidade. Custa ir no metro e ver um grupo de jovens com um vocabulário tão pobre, com uma forma de estar por vezes tão "irracional". Custa querer dar um passeio tranquilo pela Foz ou pela Baixa do Porto e ser “atropelada” por este tipo de comportamento juvenil. Tudo se baseia na EDUCAÇÃO. Mas há que tentar mudar um pouco o rumo “deste futuro”. Eu sou optimista por natureza e completamente contra o conformismo. Tendo primas adolescentes este tipo de questões preocupam-me e é simplesmente incrível ver como de geração para geração é tudo tão diferente, havendo vários aspectos negativos mas igualmente outros tantos positivos! Acredito na consciencialização das pessoas e, principalmente, como disse atrás na educação.
Mas mesmo com estes "detalhes" o que interessa é desfrutar o imenso mar, sol q.b. e, essencialmente, relaxar! :)
Tens toda a razão! Eu mesmo andando num colégio estou sempre a ver cenas caricatas e pessoas mesmo muito mal formadas. Segundo eles fixe é fazer o que se quer quando se quer!
beijinhos
Eu cá digo que era espancá-los livremente e sem preconceitos, até que pelas suas bocas infectas nada mais saíssem que eloquentes panaceias contemporâneas.
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