Continuo a surpreender-me - já nem sei porquê - com as atitudes de alguns (maioria) dos membros da igreja católica. Desta vez, a razão da minha revolta veio do Brasil, mais precisamente de Pernambuco, onde à umas semanas atrás o arcebispo D. José Cardoso Sobrinho condenou a interrupção da gravidez (de gémeos) de uma menina de 9 anos, que tinha sido violada pelo padrasto. Segundo D. José (este não Policarpo), os responsáveis pelo aborto estão excomungados pela igreja católica. Ao que parece, a continuação da gravidez iria colocar a vida da criança em risco. É já um facto comprovado: a igreja católica parou no tempo. Porquê condenar a vítima de uma violação e os médicos que acabam por salvar-lhe a vida, sem uma palavra contra o monstro que teve a coragem de estuprar uma criança de 9 anos? Com que direito e em nome de quem, pode alguém excomungar outra pessoa, quando segundo o pouco que sei de catolicismo, Ele diz que devemos perdoar e dar a outra face? Mas as atitudes da Igreja, o medo revelado perante um crescente desinteresse pelas coisas da alma, revela tudo menos bondade e perdão, numa atitude que se revela desde o tempo das Cruzadas. Esquecem-se de quantos e quantos membros da Igreja, católica ou não, têm sido apanhados em polémicas mediáticas, nas quais se incluem inclusivamente casos de pedófilia? Não crítico com isto a instituição, mas alguns - muitos - dos seus membros, como em muitas outras instituições sérias que conheço, e onde se incluem boas e más pessoas, humanos como eu ou o (a) leitor (a) deste comentário, susceptíveis do bem e do mal, passíveis de amar ou de pecar.
1 comentário:
O Benfica, o Porto e a Liga de arbitragem também têm o seu quinhão de pessoas más...
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