Tenho passado muito menos tempo ao computador. Deitei bastante tralha informática fora e estou agora com bastante mais espaço para instalar coisas mais importantes: como jogos para os meus dois sobrinhos. Há uma altura na vida em que descobrimos que o que era importante até então deixou de o ser e parece que essa altura, para mim, chegou agora. Mas isso é outro assunto de que falarei mais pormenorizadamente, quando o entender apropriado. Neste momento, posso apenas dizer-vos que estou feliz, como há muito não me sentia. O fundamento inicial deste espaço era o de ser um escape, um porto de abrigo relativamente a uma solidão à qual estava a adaptar-me relativamente bem. Estar convosco foi aliciante, desde chatear-vos com as minhas opiniões, partilhar os meus gostos como se vos pudessem interessar, escolher cuidadosamente o que poderia ou não postar, com medo de ferir susceptibilidades. Hoje a vida não é apenas e só estar em frente ao computador, apesar do vício do FM. Ao contrário do que cheguei a considerar, não pretendo encerrar este espaço. Não agora. Talvez lhe dedique menos tempo, talvez mude um pouco o seu conteúdo. Aos 38, quase 39, a vida continua a ensinar-me coisas novas. Coisas que eu já não julgava ser possível, desde que passei os meus 20 e poucos anos. É essa a idade que eu tenho agora, aquela com que me sinto, apesar de saber que é mentira. O Tempo não passou tão rápido como eu pensava, que seria agora impossível resgatá-lo. Há uma vida lá fora, para ser vivida e eu quero fazer parte dela. Está cheia de obstáculos como imaginários e dantescos Adamastores, mas agora tenho porque lutar e sei que vou derrotar todos esses dragões que temos dentro de nós e resgatar essa esperança perdida no branquear dos cabelos a que alguns chamam utupia e eu Felicidade.
Minha querida morte!
Há 6 dias
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