As pessoas são hipócritas. Criticam toda a gente pelas costas: os amigos, a família, os vizinhos... Católicos quase por tradição, rezam fervorosamente e clamam vezes sem conta o nome d'Ele em vão, mesmo quem diz não acreditar. Mal saem da igreja voltam a falar da vida alheia como se fossem eles os imaculados guardiões de uma moral decadente e ultrapassada. Criticam tudo o que é diferente e riem-se, como se com a humilhação se esquecessem que a crítica é um meio de esquecer a sua falta de coragem em ousar as suas próprias fantasias, soterradas no escrínio secreto da memória, soterradas em falsas moralidades. Esquecem-se que Hitler matou milhares de judeus em nome da raça ariana e que muito antes dele - e segundo a história da Bíblia - o próprio Jesus foi crucificado por ser diferente. Cuidado com os telhados de vidro, quando sem pensar, atiramos a primeira pedra. Este é o mote para algumas linhas que de quando em quando se vão debruçar sobre muito do que é considerado diferente e fácilmente objecto de ataques viperinos de uma verborreia inócua, que tantas vezes magoa bem mais que paus e pedras.
MÉNAGE À TROIS é um desses casos. Ménage à trois, ou simplesmente Ménage, é a expressão francesa para casal a três, e que consiste numa relação sexual entre igual número de pessoas.
Considerado por muitos como uma espécie de fetiche, esta relação vista por muitos outros como uma aberração, pode ser praticada por: dois homens e uma mulher, com (MMF) ou sem (MFM) bissexualidade masculina, duas mulheres e um homem, com (FFM) ou sem (FMF) bissexualidade feminina, três homens (MMM) ou três mulheres (FFF)
Este tipo de relacionamento, a exemplo do swing, deve ser bem ponderado entre os seus intervenientes, nos casos em que duas ou mesmo as três pessoas tenham entre si laços sentimentais para além do acto em si. Este tipo de cumplicidade corre o risco de deteriorar os laços que unem aqueles que nele intervém.
Apesar do número crescente de praticantes e de uma sociedade que bate no peito autodenominando-se moderna e liberal, este tipo de relação ainda é praticado quase clandestinamente, mesmo nos países mais desenvolvidos, pois aqueles que a praticam continuam a ser descriminados, como se de criminosos se tratassem.
Independentemente de concordarmos ou não com esta prática, é tempo de mudarmos certas mentalidades, pois aqueles que a praticam não são doentes, não são diferentes de nós. Têm desejos mais ou menos normais (como nós) e têm a coragem de ousar, tendo prazer ou ferindo os seus sentimentos, arrependendo-se ou não... que interessa? São pessoas como nós, que sentem necessidade de amar e serem amadas, embora expressando os seus sentimentos e desejos de uma forma distinta.
3 comentários:
Agora a sério meu filho, no que é que te andaste a meter????
Não me digas que andas metido em sandwiches!!!!!
Vá lá, anda cá, ajoelha-te perante mim...
A preversão é condenável, seja qual for a sua forma. E todos os que a praticam deviam ser banidos da nossa sociedade cristã. A semente do mal cresce muito rapidamente no meio de tanta promiscuidade!
a perversão está na cabeça de cada um. felizmente, num estado democrático todos somos livres de ter diferentes credos e não acredito que na religião cristã como em qualquer outra a palavra banidos seja credível. Onde está a cristandade de que o dar a outra face é disso exemplo quando exigimos que todos sejam como nós próprios? Porque se perde tanto tempo a olhar para o que os outros fazem, como se tudo o que fazemos fosse perfeito? Não é, erramos, pecamos, tropeçamos, caímos e voltamos a erguermo-nos. Se assim não fosse eramos Deus e esse, segundo o teu credo, só houve um. Obrigado pela visita e pelo comentário.
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