Todo o açucar que espalharam hoje pelas minhas costas não conseguiu ser suficiente para a amargura sentida pelos mais recentes desenvolvimentos do caso de Madeleine McCann. Entre a óbvia confirmação de que a polícia portuguesa andou este tempo todo à deriva - se bem se recordam, mesmo as suspeitas sobre Murat foram levantadas por jornalistas - e o absurdo de só agora serem encontrados vestígios de sangue no apartamento na Praia da Luz, a hipótese quase certeza de a criança ter sido morta logo no dia do desaparecimento continua, apesar de cada vez mais consensual, sem me convencer. À falta de qualquer avanço, a polícia refugiou-se à muito tempo num silêncio fácil e onde a ignorância quase total sobre o paradeiro de Maddie era disfarçada sob o pretexto de que todo o secretismo em volta do assunto ser afinal uma táctica para mais rápidamente surpreender os raptores da menina inglesa. Hoje, comenta-se que as autoridades portuguesas à muito tinham conhecimento da morte da criança. Pergunto: Porque só agora foi descoberto o sangue? Porque demoram tanto os testes laboratoriais de adn e não só em Portugal, mesmo quando são tão importantes como estes? Será que o CSI só é rápido e eficaz na televisão? E a ter havido crime, acidental ou não, porque foi o corpo levado para fora do local, quando poderia ter sido naturalmente abandonado na casa dos McCann? Das poucas explicações plausiveis que encontrei deparei-me com cenários terríveis de mais para considerá-los segunda vez, mas o tempo é de especulações e conjecturas, onde todos os cenários são possíveis, mesmo os mais macabros. Apesar das ultimas revelações, quero continuar a acreditar que a menina está viva e que as pessoas não podem ser tão más como na maior parte das vezes parecem. Pena que a realidade me desminta tantas vezes.
Minha querida morte!
Há 1 semana
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