Lisboa foi hoje uma cidade bastante movimentada, pois, além da inauguração do túnel do Marquês e dos festejos inerentes ao 25 de Abril, também se verificaram algumas manifestações contra a exclusão social dos imigrantes, que tiveram o seu ponto alto a quando da passagem junto ao já famoso cartaz do PNR, que teve de ser protegido por elementos da PSP. Vamos pois deixar de brincar ao nacionalismo bacoco e gratuíto, respeitando as diferenças de quem é, afinal, igual a qualquer um de nós, seja branco, preto ou amarelo. Vamos deixar de fingir que respeitamos e toleramos diferenças sexuais que nos são estranhas, quando a sós ou com os amigos fazemos piadas grosseiras mal-disfarçadas e que provocam mal estar nas pessoas visadas. Ser homossexual, lésbica ou mesmo transsexual, não é uma doença. É uma escolha, um direito que temos de respeitar. Não é esse respeito pela diferença, pela liberdade de escolha, um dos mais altos valores apregoados pela democracia e pela revolução de Abril de 74? A liberdade não nos trouxe apenas direitos, ao contrário do que muita gente pensa. Hoje confunde-se sistemáticamente liberdade com abuso, quando nos valemos dos nossos direitos para "atropelar" os direitos dos outros, numa manifestação contínua e crescente da má formação dos portugueses. Estamos hoje menos tolerantes que no período negro do fascismo. Deixámos a prosa e a poesia para trás, os livros, por uma verborreia que nada significa, de ofensas e palavrões; trocámos valores por belas de cabeça oca e mestres indigestos, por ídolos de pés de barro. Perdemos o vinho pela cerveja e até o fado, tão nosso, pela pop de letra fácil, "yeah yeahhh na na nana, yeah yeahhh yeah na na nana...". A Ditadura morreu, Viva a Liberdade!
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