domingo, março 21, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
domingo, março 14, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
-Não costumo abrir esse precedente para ninguém - respondeu a cobra -, mas já que te vou devorar, pode perguntar.
- Eu pertenço à sua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu fiz-te algum mal?
- Não.
- Então porque queres devorar-me? - perguntou o vaga-lume, sem saber porque lhe perseguia a cobra.
- Porque não suporto ver-te brilhar."
quinta-feira, março 11, 2010
SÓ ACONTECE AOS OUTROS?
SÓ ACONTECE AOS OUTROS?
terça-feira, março 09, 2010
EM DEFESA DA MORAL
segunda-feira, março 08, 2010
PARA ENTENDER UMA MULHER
Para entender uma mulher
é preciso mais que deitar-se com ela…
Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa
que se possa prever nossa vã pretensão…
Para possuir uma mulher
é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase
numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade… Há de se conseguir
fazê-la sorrir antes do próximo encontro
Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que
amante perfeito…
Há de se ter o jeito certo ao sair, e
fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso…
- O potente, o amante, o homem viril, são homens bons… bons homens de
abraços e passos firmes…
bons homens pra se contar histórias… Há, porém, o homem certo, de todo
instante: O de depois!
Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.
É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!
Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…
Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”
Carlos Drumond de Andrade
DIA (S) DAS MULHERES
domingo, março 07, 2010
PORQUE HOJE É DOMINGO!...
do prazer da descoberta à monotonia das certezas
Abro os jornais que falam de uma estatística assustadora no que se refere à violência doméstica e crimes passionais. Onde param os poetas de outrora, as grandes obras que exultavam o amor, as paixões de Pedro e Inês e de Romeu e Julieta, tragédias, apesar de tudo. Será que o amor é mesmo fodido?, como nas palavras de Miguel Esteves Cardoso? Serão Amor e Dor apenas duas palavras que rimam ou que além de tudo o mais palavras que nos fazem sangrar de um sangue que não se vê mas que se sente, que dói. Que sei eu sobre o segredo da felicidade ou as regras do amor? Nada, e se soubesse não dizia a ninguém, escondia os sentimentos do mundo numa caixa e jogava a chave fora só para que ninguém mais se ferisse ao usá-los. Como se isso de ser imune à dor até tivesse piada. A verdade é que nós, humanos, sensíveis, somos especialistas na repetição do erro, inexplicavelmente dotados de uma atracção pelo abismo no que se refere à nossa capacidade emocional. Podemos saber que uma pessoa não é a melhor para nós, que uma relação - por mais amor que haja - está condenada ao fracasso, que o passo para a frente significa uma queda cujas consequências podem ser drásticas e mesmo assim avançamos. Cada novo "amo-te" que proferimos nestes dias é quanto muito um descuido do coração a falar mais alto que a razão, mas a verdade é que todo o apaixonado é um cego, que embora podendo se recusa a ver, prefere viver nesse limbo de angustia eterna à certeza boa ou má. Um bom romance sobrevive de mistério. Querem saber as regras do amor? Não ter regras nenhumas. É esse o principal segredo do amor e tantas vezes da vida, a incapacidade que temos de lhe colocar regras, de prever cada passo, de o domar como se fosse um cavalo bravo. Não adianta planear, embora a imaginação e a improvisação sempre ajudem. O casal ideal não dá nada como certo, ele sabe que, a vitória numa batalha não lhe garante a guerra. Esta é ganha em decisões, em detalhes, pormenores, não em promessas, numa flor que se dá sem esperar e eu nunca ofereci uma flor que fosse, nem uma simples rosa. Se quiser manter viva a chama, seja espontâneo sem ser dramático. Surpreender e deixar-se surpreender, conquistar todos os dias como se fossem o primeiro... ou o último, a derradeira oportunidade, seduzir... é essencial e não acontece só nos filmes. Nunca pensei muito a sério como iniciar uma relação, mas apenas quando realmente deixei de pensar no assunto ela aconteceu e eu simplesmente a deixei fluir. É tudo muito bonito no princípio, na chamada idade da inocência, dos desejos mal-contidos, no tempo dos porquês. Só que um dia, sem nos darmos conta, pensamos que já sabemos tudo um do outro e deixamos de lado as perguntas, as descobertas, a subtileza e o galanteio e trocamos o incerto pelo certo. Foi aí que tudo terminou, quando passámos das dúvidas para as certezas e o pouco que sabíamos revelou-se tão frágil como um castelo de cartas ao vento. Os planos e a frieza das datas, o fim das horas que deixávamos voar - tentando em desespero imobilizá-las no tempo dos beijos e das carícias mais ousadas, as mãos trémulas de impaciência e do medo da rejeição -, deram lugar aos minutos cronometrados ao segundo e que acabaram com tudo. Porque temos de ser sérios, de perdermos para a idade adulta e para o casamento a irreverência da juventude? Houve um tempo, eu lembro-me, em que o tempo era sempre curto e o desejo imenso. Hoje sobra o tempo na ausência de ter com quem.
quinta-feira, março 04, 2010
QUEM TE VIU...
Deste Lado, sem esquecer o laborioso trabalho dos jornalistas da SIC, lamentamos contudo a falta de precisão no que poderia ser uma excelente reportagem, não fosse uma lacuna, uma grave lacuna. O pessoal aqui do Lado não estava nem um pouco interessado no que foi feito da pequena Maria Armanda. Não, a pergunta principal continua sem resposta: O que foi feito do sapo, quase três décadas depois de ter sido interrompido por aquela menina queixinhas, logo quando ele estava a papar?