sábado, dezembro 05, 2009

NUMA PALAVRA SOLIDÃO


Por trás das palavras que não digo mas penso
sinto um grito amordaçado
feito de emoções contraditórias
como uma gravata apertada
cujo laço não consigo desapertar.
Balanço suspenso entre o certo e o errado
entre o dever e o querer, o desejo e a razão.
Em cada verso sou alegria
numa palavra solidão,
solto a cor e o pesar
na pena do infortúnio,
sou o amante imperfeito
um amor que não conjuga
uma sede insaciável que não extravaza,
um coração à deriva
a quem amar não basta
e sem amor não bate,

4 comentários:

João Santana Pinto disse...

Fica o convite/desejo, de ver um blogue teu paralelo/complementar a este, onde vás “arquivando” os teus poemas. Não o terias que actualizar diariamente, única e exclusivamente quando a inspiração acontece.

Miguel disse...

Obrigado pelo elogio implícito nas tuas palavras. Na verdade esse convite/desejo fazia já parte das minhas intenções há já algum tempo,sendo que ontem, justamente, dei forma a essa ideia criando um outro blogue subjacente a este, inteiramente dedicado à minha escrita, sobretudo poética.

Keu disse...

Adorei sua poesia, vc consegue traduzir em palavras o que parece estar sentindo...
Esse é um dom de poucos.
Sua poesia me lembra muito a poesia barroca, cheia de contradições, cheia de questionamentos...
Com o amor à flor da pele vc traduz todos os sentimentos que nos fazem viver.

Bjks e bom fds...

Sempre que puder farei uma visitinha. =D

Sereia Azul* disse...

Há palavras amordaçadas que se soltam na poesia de um sonho..,

Adorei a tua poesia, a escrita da tua alma.

Voltarei...