quinta-feira, abril 26, 2007

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EVASÕES (Meg Ryan)


quarta-feira, abril 25, 2007

DIREITOS & deveres

Lisboa foi hoje uma cidade bastante movimentada, pois, além da inauguração do túnel do Marquês e dos festejos inerentes ao 25 de Abril, também se verificaram algumas manifestações contra a exclusão social dos imigrantes, que tiveram o seu ponto alto a quando da passagem junto ao já famoso cartaz do PNR, que teve de ser protegido por elementos da PSP. Vamos pois deixar de brincar ao nacionalismo bacoco e gratuíto, respeitando as diferenças de quem é, afinal, igual a qualquer um de nós, seja branco, preto ou amarelo. Vamos deixar de fingir que respeitamos e toleramos diferenças sexuais que nos são estranhas, quando a sós ou com os amigos fazemos piadas grosseiras mal-disfarçadas e que provocam mal estar nas pessoas visadas. Ser homossexual, lésbica ou mesmo transsexual, não é uma doença. É uma escolha, um direito que temos de respeitar. Não é esse respeito pela diferença, pela liberdade de escolha, um dos mais altos valores apregoados pela democracia e pela revolução de Abril de 74? A liberdade não nos trouxe apenas direitos, ao contrário do que muita gente pensa. Hoje confunde-se sistemáticamente liberdade com abuso, quando nos valemos dos nossos direitos para "atropelar" os direitos dos outros, numa manifestação contínua e crescente da má formação dos portugueses. Estamos hoje menos tolerantes que no período negro do fascismo. Deixámos a prosa e a poesia para trás, os livros, por uma verborreia que nada significa, de ofensas e palavrões; trocámos valores por belas de cabeça oca e mestres indigestos, por ídolos de pés de barro. Perdemos o vinho pela cerveja e até o fado, tão nosso, pela pop de letra fácil, "yeah yeahhh na na nana, yeah yeahhh yeah na na nana...". A Ditadura morreu, Viva a Liberdade!

25 DE ABRIL


Será que ainda há tempo para quem acredita?
Será que existe ainda uma luz ao fundo do túnel?
ou a esperança não é mais que uma palavra vã,
um sonho de liberdade
nos olhos de uma criança?

domingo, abril 22, 2007

PENSAMENTOS

*Portugal é um país geométrico: é rectangular e tem problemas bicudos discutidos em mesas redondas...por bestas quadradas!


*Os "CORNOS" não existem! Isso foram coisas que te meteram na cabeça. Ok!?


*O excesso de sexo provoca amnésia e outras coisas que agora não me lembro.


*O teu futuro depende dos teus sonhos. Por conseguinte, não percas tempo, vai dormir...


*Nos últimos anos investiu-se muito mais em implantes de seios, implantes de pénis e em Viagra do que na doença de Alzheimer.Dentro em breve, haverá muita gente dotada com grandes seios ou pénis compridos sem se lembrar para que servem...


*E se um dia te sentires inútil ou deprimido, lembra-te disto: nasceste nu, careca e sem dentes. Tudo o que vier, é lucro!


*O teu computador é como uma carroça: tem sempre um burro à frente!!!


*O cérebro é um órgão maravilhoso. Começa a trabalhar logo que acordamos e só pára quando chegamos ao serviço.

sexta-feira, abril 20, 2007

NECESSIDADE

Perto de ti não sou mais nem menos
qu'um pedaço regurgitante de desejo,
um mar bravio d'incertezas por dissipar
galgando sombras de um medo incerto
no rubor inverosímel dum ensejo mal-contido.
Calo o que não devo, sofro p'lo que não sei
imaginando tudo o que não vejo, vejo-me
no escuro dum silêncio abrasivo, negando sonhos,
dores amordaçadas num viver contemplativo.
Precisei de ti antes mesmo de te amar
como o dia precisa da noite, o bem do mal,
o certo do errado, o côncavo do convexo,
entraste no purgatório duma alma enferma
como um anjo redentor, sem sexo nem idade,
só necessidade!

quinta-feira, abril 19, 2007

REGULAMENTO INTERNO

A minha empresa voltou a surpreender-me, hoje, quando fui trabalhar, com um novo regulamento interno em relação a faltas. Diz assim o comunicado:


COMUNICADO A TODOS OS FUNCIONÁRIOS COM RELAÇÃO A FALTAS:

DOENÇA

Estar doente não é desculpa para não ir trabalhar. Nem o atestado médico serve como garantia de estar doente, pois se você estava em condições de visitar um médico também podia ter vindo trabalhar.

MORTE NA FAMÍLIA

Não tem desculpa. Pelo morto não se pode fazer mais nada, e os preparativos para o enterro podem ser feitos por outra pessoa. Se conseguir marcar o enterro para o fim da tarde, a firma deixa-o, de boa vontade, sair meia hora mais cedo (isso se o seu trabalho estiver pronto...)

MORTE PRÓPRIA

Aqui você pode contar com a nossa compreensão, se: a) informar a empresa duas semanas antes do acontecimento, para arranjarmos outra pessoa que faça o seu trabalho b) telefonar para a empresa até às 8h para dizer que morreu durante a noite c) enviar um atestado com a sua assinatura e a do médico relatando a causa da morte (senão serão descontados dias das suas férias)

CIRURGIAS

Cirurgias aos nossos trabalhadores são proibidas, pois nos os contratamos como eles eram. A tiragem ou substituição de órgãos e contra o contrato de trabalho.

BODAS DE PRATA E OURO

Para uma festa deste tipo não damos dias livres. Se está casado(a) há 25 ou 50 anos com a mesma pessoa, fique feliz em poder vir trabalhar.

ANIVERSÁRIO

O fato de ter nascido não quer dizer que o tenha merecido. Por isso, não damos o dia!

NASCIMENTO DE UM FILHO

Por um erro deste tamanho, não damos dias livres aos nossos trabalhadores (o erro foi seu). E, além disso, você já teve o seu divertimento.


A Direcção

quarta-feira, abril 18, 2007

terça-feira, abril 17, 2007

NÃO TRABALHE DEMAIS!


Dei com esta história deliciosa em Opequenomundo.blogspot. Apesar de inverosimel, a mesma foi publicada no New York Times a 21 de Fevereiro de 2001 e nela lê-se o seguinte: "Os gerentes de uma editora estão a tentar descobrir por que ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há CINCO DIAS, antes que alguém lhe perguntasse se estava bem. George Turklebaum, 51, que trabalhava como verificador de texto numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários. Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã quando um funcionário da limpeza o questionou por que ainda estava a trabalhar no fim de semana. O seu chefe, Elliot Wachiaski disse: "O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o ultimo a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho." A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias depois de um ataque cardíaco. Ironicamente, George estava a verificar os manuscritos de um livro médico quando morreu."
Pois bem, ilacções importantes a retirar daqui:
1: Comece a ser o último a chegar e o primeiro a saír do seu trabalho.
2: De vez em quando acene aos seus colegas de trabalho. Já sabem... Sempre que virem um colega parado por mais de 5 minutos, ou sempre que chegarem aos empregos e já lá estiver alguém a trabalhar, dêem-lhe um encontrão, não vá o gajo estar morto.

MORAL DA HISTÓRIA: NÃO TRABALHE DEMAIS. NINGUÉM NOTA MESMO!

SOBRE AQUILO QUE COMEMOS...

A Maxmen deste mês confirmou-nos uma vez mais - se tal fosse necessário - que não é apenas uma revista com fotografias de mulheres bonitas - e se as tem! Da primeira à última página podemos entreter a vista mas também cultivarmo-nos um pouco com reportagens extremamente curiosas e interessantes, como o relato da equipa de râguebi uruguaia, que em 1972 se despenhou nos Andes, a caminho do Chile. A equipa do Old Christians deslocava-se num bimotor Fairchild, juntamente com alguns familiares num total de 45 pessoas, quando, a 13 de Outubro, sexta-feira, o aparelho não resistiu a uma zona de turbulência e caiu no meio da neve. Apenas 32 pessoas sobreviveram ao impacto e mesmo para elas, as perspectivas eram as piores, pelo frio intenso e pela escassez de comida, que se resumia àquela que traziam consigo. Mais de dez dias passados sobre o acidente, vencidos pelo desespero, pela histeria, pela febre e pela fome, a morte parecia inevitável... mas Nando Parrado, um dos sobreviventes do desastre aéreo e que mais tarde escreveria o livro Milagre Nos Andes, recusava-se a morrer, seguindo o mesmo destino da mãe e de uma das irmãs, falecidas no incidente. Afinal, havia muita carne disponível, perto do grupo de sobreviventes. Num estranho e macabro ritual, voltaram a desenterrar os corpos gelados das vítimas mortais, que lhes haveriam de dar o alimento e proteínas necessárias para continuarem vivos. Quinze dessas 45 pessoas sobreviveram e voltaram para casa.
Já pensou se o mesmo lhe acontecesse a si? Se tivesse de comer um amigo, um familiar, o seu pai, a sua mulher ou filha? Seria capaz? Seria a sua vida tão importante, que valesse um sacríficio semelhante? Como ainda não somos capazes de prever o dia de amanhã, vamos propor-lhe uma situação semelhante, um acidente aéreo que o atirasse a si e a uma equipa como... a da foto abaixo, para uma ilha paradísiaca cheia de coqueiros e com lagos naturais de água tépida. Aí, sozinho e sem meios de comunicação com o mundo exterior... seria capaz de comer as suas companheiras de infortúnio?

4 DIAS DEPOIS... TUDO NA MESMA


Perguntaram-me hoje se tinha acontecido alguma coisa com o meu computador, dada a ausência recente de postagens, e a minha resposta foi negativa. O meu amigo mais fiel está como sempre, com um problema aqui, outro problema ali, mas vai sobrevivendo à minha inépcia em lidar com computadores. Como sempre vai também o País e o Mundo. Lá fora, continuam os tiroteios mortais nas escolas americanas e a guerra não tem fim à vista nos países árabes. Por cá é o Benfica que faz a capa dos jornais - mas isso não é novidade. O Mundo está em crise, à procura de energias alternativas e de um modo de atrasar em um par de décadas o efeito irreversível da camada de ozono. Enquanto milhões de dólares são gastos no comércio bélico, a cura para o cancro e para a sida continua a fazer parte dos sonhos de apenas meia dúzia de cépticos. Por cá, discute-se com fervor as qualificações profissionais do nosso primeiro-ministro, como se fosse algo de transcendente o homem ser ou não engenheiro. Engenheiro ou carpinteiro, e depois?... Tenho visto tanta gente cheia de canudos a desgovernar empresas e países com a mesma perícia com que um almeida mexe em tubos de ensaio, que chego a duvidar se precisamos de mais doutores e engenheiros numa sociedade que anda aos xutos e pontapés. Não me interessa se o homem é licenciado, se é padeiro, hetero, homo ou bi, desde que coloque as necessidades dos portugueses à frente de tudo o resto, esforçando-se por cumprir as suas próprias promessas. E aí, senhor engenheiro!, noves fora nada, continua tudo na mesma... ou pior. Lamento, mas o senhor chumbou!

sexta-feira, abril 13, 2007

SEXTA-FEIRA 13



Hoje é mais um daqueles dias em que, quer se acredite ou não em superstições, não conseguimos ficar indiferentes. Mas de onde vêm todas essas crenças e mistícismos sobre a sexta-feira 13? Segundo uma hipótese ligada à religião cristã, o número 13 tem a ver com o número de convidados da última ceia de Cristo, tendo ainda Jesus morrido numa sexta-feira.
Outra das explicações defende que esta superstição teve origem no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país, e alguns torturados e, mais tarde, executados, por heresia.
Antes disso, porém, existem versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.
Segundo outra história, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a friadagr, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.
Porém, e tal como o Sol, que quando nasce não é para todos, também o azar não bate à porta de qualquer um. Não na de Cristiano Ronaldo, que, ao renovar hoje, sexta-feira 13, com o Manchester United, passou a ser o jogador mais bem pago do mundo, ganhando qualquer coisita como 900 mil euros por mês. Só eu não tenho um azar assim!...

domingo, abril 08, 2007

O CARTAZ DOS GATOS

Confesso que não morro de amores pelos Gato Fedorento, e não apenas pela sua conotação com o Benfica, mas não posso deixar de insurgir-me contra as ameaças de que são alvos, desde a colocação - ilegal - do cartaz deles, em que fazendo uso de um humor satírico, apelam à imigração. Este cartaz, acrescente-se, foi colocado lado a lado do outro, - já aqui mencionado - do PNR, de sentido completamente oposto. Goste-se ou não dos Gatos, goste-se ou não do fluxo de imigrantes que tem vindo a entrar no nosso País, goste-se ou não de quem os crítica ou de quem os defende, haja respeito! Haja respeito pelas pessoas, pelos Gatos, pelos militantes do PNR - que não podem ser todos conotados com o cartaz da polémica -, e haja, principalmente, respeito pelos imigrantes, que abandonaram as suas casas - algumas destruídas pela guerra -, os seus amigos e família, em busca de oportunidades e de sustento para os seus. Nem todos temos as mesmas opiniões e todos os dias exprimimos acérrimamente as nossas razões, seja pelo futebol, pela política, por "n" coisas em que discordamos. Agora, radicalizar, como alguns energúmenos que, escondidos sob o manto cobarde do anonimato, proferiram ameaças mortais aos elementos dos humoristas e às famílias deles, isso é que não, ou tudo aquilo por que nós e os nossos pais lutaram e que teve o seu ponto alto no 25 de Abril - o direito de expressarmos livremente as nossas opiniões - terá sido em vão. Discordar sim, ofender e ameaçar nunca!

sexta-feira, abril 06, 2007

EVASÕES